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 | 11/09/2008 08h43min

Altura de Morales chama a atenção no Grêmio

Uruguaio, de 1,96m, é assunto desde a chegada no Olímpico

Luís Henrique Benfica  |  luis.benfica@zerohora.com.br

O uruguaio Richard Morales, 1,96m, consegue chamar a atenção pelo tamanho mesmo numa das equipes de estatura mais elevada do Brasileirão.
 
A altura do centroavante, trazido do Nacional, de Montevidéu, é assunto desde sua chegada ao Olímpico. Na tarde de 31 de agosto, conselheiros que entravam no elevador para assistir ao jogo entre Grêmio e Vasco precisavam olhar para cima para poder conversar com a nova estrela.

Nos treinamentos, Morales, ou Chengue, apelido que recebeu no Uruguai, é o jogador de mais fácil visualização devido ao seu tamanho. No de ontem,  realizado sob intensa chuvarada no gramado suplementar, marcou um gol em cobrança de pênalti. E confirmou suas características de jogador combativo,  para quem "não há bola perdida". Em mais de um lance, estatelou-se no gramado molhado, levando junto um dos marcadores.

– Tá louco, o bicho é alto demais. Quase dá para passar pelo meio das pernas dele– brinca o baiano Makelele, 1m73cm, um dos jogadores mais baixos do grupo.

Acostumados a enfrentar atacantes nem tão altos nos coletivos, Pereira, 1m89cm, e Réver, 1m92, agora sofrem para marcar o gigante uruguaio.

–Ele ganha todas pelo alto. Faz uma briga feia com o Pereira – sorri Reinaldo.
O dia-a-dia também reserva algumas situações curiosas. Como não consegue acomodar as pernas sob a mesa onde os jogadores concedem entrevistas, Morales fica recostado na parte de trás da cadeira. Com isso, obriga os repórteres de rádio e televisão a espicharem o braço para manterem os microfones perto de sua boca.

Apesar da altura privilegiada, a maioria dos seus gols, que ele não se preocupa em contabilizar, não são marcados de cabeça.

– Também sou muito habilidoso com os pés – sorri Morales, que calça chuteiras número 45.

Elogiado pelo técnico Celso Roth e já inscrito no Brasileirão, ele quer ser alternativa para o jogo contra o Goiás, sábado. A hipótese, no entanto, é remota. Reinaldo deverá atuar ao lado de Marcel. E Soares será o reserva no ataque. Além disso, é necessário adquirir o condicionamento ideal. A última partida foi dia 13 de julho, pelo Nacional.

– Quero muito jogar, não sei por quantos minutos, mas a decisão não é minha – diz centroavante.

Ambientado com os novos companheiros, ele diz estar gostando de Porto Alegre.

– Me sinto em casa. A cidade é bem parecida com Montevidéu. Só não tem mar – afirma, citando a praia de Pocitos, que banha a capital uruguaia.

ZERO HORA
 

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