O treino fechado desta segunda-feira e o trabalho recreativo desta tarde — com um rachão em os jogadores não cumprem funções táticas — dá a entender que, utilizando time reserva ou titular, o Grêmio está levando a sério o Gre-Nal desta quarta, pela Sul-Americana.

Celso Roth e jogadores fazem mistério para o Gre-Nal:

A intenção clara de Celso Roth é despistar. O técnico fez um breve treino de bola parada, e até Rudnei, que não vem sendo utilizado nas partidas do Brasileirão, foi relacionado para o trabalho.

— O Rudnei é um jogador que vem trabalhando e cumpre a função tática que estávamos trabalhando. Se for escolhido para o jogo, já estará sabendo o que nós queremos — explicou Roth.

A lesão de Felipe Mattioni e o fato de Paulo Sérgio não estar relacionado para a partida, aumenta a chance de Pico jogar pela direita — como já atuou pelo Gauchão. Souza, que treinou faltas e cobranças de pênalti deve ser o armador, está escalado. No ataque, André Luís e Reinaldo. O provável time do Grêmio deve ser Marcelo; Thiego, Léo e Jean; Anderson Pico, Amaral, Makelele, Souza e Helder; André Luís e Reinaldo.

— São 11 dentro de campo. O cara que fazia as coisas tudo sozinho (Pelé) parou de jogar faz tempo. Quanto à responsabilidade, eu assumo a minha parte. Independente de ser clássico ou o último colocado. Você tem de colocar na cabeça que é a mesma coisa — definiu Souza.

Makelele, outro que ganhará uma oportunidade entre os titulares, era só sorrisos depois do treino. Não conseguia esconder a felicidade em iniciar o clássico:

— Que é isso? Vai depender do treinador — tentou despistar, rindo e coçando a orelha. Mas emendou.

— Temos de ficar ali fechadinhos e sair no contra-ataque.

O grupo que inicia a partida desta quarta terá a missão de manter um padrão que colocou o Grêmio como líder isolado do Brasileiro e está com 71,9% de aproveitamento na competição nacional. Além disso, enfrenta um Inter buscando a reabilitação e mais entrosado. Porém, Souza discorda que o time do Beira-Rio seja favorito:

— Desde os tempos da minha vó, e ela tem 86 anos, dizem que clássico não tem favorito. E eu fico com ela.