| 29/07/2008 21h44min
O presidente do Toledo, Claudir Picinini, se pronunciou nesta terça-feira sobre a polêmica causada desde a entrevista do jogador Rafinha, sobre um possível acerto com os atletas do Marcílio Dias para que a partida do último domingo terminasse empatada. O jogo, disputado em Toledo, terminou 0 a 0, classificando ambos para a 2ª fase.
Mas o empate, válido pelo Grupo 15 da competição, está sob investigação no STJD. Eliminados, Inter-SM e Engenheiro Beltrão pedem punição aos envolvidos. E Paulo Schmidt, procurador do STJD, já pediu em liminar a suspensão dos jogos do Grupo 24, para onde se classificaram Toledo e Marcílio Dias, até que a investigação se encerre.
O dirigente comentou que a igualdade no placar não era do interesse do Toledo, que já estava classificado, e sim do Marcílio Dias, que teria feito de tudo para atrasar o início da partida, que assim terminaria depois dos jogos dos concorrentes diretos Engenheiro Beltrão e Inter-SM.
- Qualquer equipe que perdesse estaria desclassificada. Mas nós não, nós estávamos classificados, nós não éramos os interessados. Eles atrasaram a partida, mas nós entramos no horário certo. No final do jogo, os jogadores dos dois times só tocaram a bola. É uma pena que o clube como o nosso, que tem um trabalho tão sério, tenha o nome manchado no cenário nacional - lamenta o presidente, em entrevista à Rádio Globo.
Picinini ainda lamentou a inocência de Rafinha, que relatou a possível combinação em uma entrevista a uma rádio local.
- O Toledo buscou sempre vencer a partida. Infelizmente um atleta formado aqui, inocente nesse tipo de malandragem, sentiu que aquilo não era certo e relatou essa combinação. Foi uma infelicidade em uma entrevista depois do jogo. Quinta-feira vamos nos reunir com ele, saber das intenções dele com essa declaração, para aí podermos tomar alguma atitude - revelou.
O dirigente paranaense ainda afirmou que se de fato houve algum acerto para que se mantivesse o empate, este teria partido dos jogadores, e não da diretoria.
- De maneira alguma a diretoria sabia que a equipe faria algum acerto com o Marcílio Dias. Aqui não era para darmos moleza, não. Na sexta-feira, cobramos a vitória dos nossos atletas, portanto isso não existiu da nossa parte. Nós não faríamos uma loucura dessas - aponta Picinini.
Ele não esconde o medo de receber alguma punição:
- Eu estou com medo sim, mas eu espero que nosso departamento jurídico consiga esclarecer tudo, e procurar os responsáveis, que merecem punição. No futebol não pode mais acontecer uma coisa dessas - concluiu.
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