A emoção foi uma das principais personagens na noite desta segunda-feira, na comemoração dos 25 anos do primeiro título do Grêmio na Libertadores. O evento, que aconteceu no salão nobre do Conselho Deliberativo do clube, contou com a presença de diversos jogadores e dirigentes da época e foi marcado por discursos emocionados de Fábio Koff, presidente do Grêmio em 1983, e Paulo Odone, atual mandatário.

Confira vídeo da festa do Grêmio:

O primeiro a falar foi Odone, que lembrou o espírito de luta e a forma aguerrida com que a equipe de 83 disputava as partidas.

— Foi esse grupo de jogadores, liderados pelo Espinosa, que criou a mística que existe hoje no Grêmio. Vocês ensinaram a todas as gerações futuras que só a técnica não basta, é preciso jogar com alma — afirmou, com a voz embargada.

As palavras de Odone arrancaram lágrimas de várias pessoas da platéia, entre elas o técnico que dirigiu a equipe na conquista, Valdir Espinosa.

Logo depois de Odone, foi a vez de Koff. Não menos emocionado, o ex-presidente afirmou que poucos acreditavam no título antes de a competição começar.

— Quando eu falei para a minha família que seguiria no Grêmio porque seria campeão da Libertadores e do Mundo, me chamaram de louco. Mas chegamos lá — disse.

Após o pronunciamento, Koff, que foi aplaudido de pé, abraçou um a um os jogadores que estavam presentes. 

Atletas e dirigentes que participaram da conquista receberam réplicas em miniaturas da taça erguida pelo zagueiro De Leon. Representando o atual elenco, o técnico Celso Roth entregou a lembrança à Espinosa. Já o meia Tcheco teve a incumbência de presentear o ex-goleiro Mazaropi.

O ambiente descontraído permitiu uma brincadeira por parte do presidente Paulo Odone com o atual técnico. No momento em que foi receber a réplica, Tita, meia da equipe campeã em 83, enalteceu o bom momento do Grêmio no Brasileirão. Odone tomou o microfone do ex-jogador e disparou:

— Estava tudo combinado com o Tita, né, Celso — arrancando risos do público.

Depois disso, jogadores e dirigentes relembraram histórias e jogos em um coquetel oferecido pelo clube. Além de Tita e Mazaropi, participaram da festa os laterais Paulo Roberto e Paulo César Magalhães, o volante China, o meia Osvaldo e os atacante Tarciso e César. A ausência mais sentida foi a de Renato Portaluppi, que ficou no Rio, onde treina o Fluminense para a partida desta quarta-feira, contra a Portuguesa.