| 07/06/2008 05h46min
Ainda não será amanhã, contra o Fluminense, que Roger deixará de se sentir sobrecarregado em campo. No treino tático de ontem, Celso Roth confirmou a manutenção do esquema 3-5-2. Único armador do time, o meia revelou quinta-feira que se sente "desgastado".
Questionado sobre as queixas, o técnico disse que qualquer jogador posicionado do meio-campo para a frente enfrenta sobrecarga no 3-5-2.
— Não vale só para o Roger, vale para todos. A compensação vem com a participação dos alas e do segundo atacante. Se o meia fica com um terreno maior, tem que ir para sacrifício, como os volantes — aconselhou.
Em vez de revelar contrariedade com a observação de Roger, Roth tratou de elogiá-lo. Destacou sua capacidade de "ler" o jogo e a disposição de jogar mesmo sem as condições ideais. Em partidas do Gauchão e da Copa do Brasil, o jogador atuou com problemas no pé esquerdo.
Até o alegado desgaste foi encarado com bom
humor.
— Se ele está desgastado, vamos ter que
conversar. Talvez seja melhor nem jogar. Mas acho que não foi isso que ele quis dizer — sorriu Roth.
Uma eventual mudança de esquema no decorrer do Brasileiro não é descartada pelo técnico. Roth lembra que optou por três zagueiros somente às vésperas da estréia no Brasileirão, forçado pela lesão muscular de William Magrão. O sucesso do novo esquema levou-o a não fazer mais alterações.
Segundo Roth, até mesmo o Fluminense, cujo estilo ousado e aberto foi elogiado por Roger, atuava com três zagueiros no ano passado, quando conquistou o título da Copa do Brasil.
— Há pelo menos três anos o Fluminense mantém basicamente o mesmo grupo de jogadores. Tudo é seqüência de trabalho. Essa é a mágica, o segredo do futebol. Só que as pessoas não vêem. Ou não dão muita importância — queixou-se.
Ele diz, também, não sentir-se abalado diante da possibilidade de que a torcida o receba com vaias e ovacione o técnico do Fluminense. Roth
define como "maravilhosa" a forma como os
torcedores têm se comportado em relação a ele e ao time. E lembra que o carinho com Renato Portaluppi é conseqüência do passado glorioso do jogador. Segundo o treinador, as vaias da torcida quando seu nome é anunciado nos alto-falantes do estádio não são ouvidas dentro do vestiário.
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