| 03/06/2008 10h52min
O mau tempo obrigou novamente o Aeroporto Internacional Salgado Filho a fechar para pousos. Desde as 9h50min, de acordo com a Infraero, a operação está suspensa. Da 0h até as 10h50min, mais de 38% dos vôos apresentaram atrasos superiores a 45 minutos e mais de 6%, cancelamentos.
Das 20 chegadas programadas, 10 tiveram atraso e uma foi cancelada. A situação não foi diferente nas partidas: das 27 previstas, oito atrasaram e duas foram canceladas. A pista já havia ficado fechada por cerca de quatro horas durante a manhã, reabrindo às 7h24min e operando por instrumentos.
Confira a situação do seu vôo
Ontem, por quase oito horas, as operações foram suspensas em razão da neblina e da troca de equipamentos do sistema de pouso por instrumentos, que restringe as aterrissagens. Centenas de passageiros perderam seus
compromissos por causa de vôos suspensos, que isolaram a Capital do
resto do país.
Para a Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), carroceiros e ladrões também ajudaram a interromper os vôos. A estatal afirma que as constantes invasões de papeleiros e de criminosos aparecem entre as causas do adiamento nas obras, que deveriam ter sido iniciadas em março. A instalação precisou ser transferida para maio e junho, meses com forte incidência de neblina, como a que impediu os pousos e as decolagens até o fim da manhã de ontem.
O superintendente da Infraero na Capital, Marco Aurélio Franceschi, diz que alguns moradores das vilas Dique e Nazareth, que ficam próximas à cabeceira da pista, cortam a tela de proteção e entram para alimentar os cavalos, o que cria o risco de animais entrarem na pista. Só que Franceschi diz que não é só grama que costuma sumir:
— Tivemos furtos de aparelhos e de vandalismo, o que acarretou atraso.
Para atacar a depredação, o superintendente requisitou
reforço no policiamento das vilas, em reunião com
o secretário estadual da Segurança Pública, José Francisco Mallmann. O subcomandante da BM, coronel Paulo Roberto Mendes, promete intensificar as ações no local.
Saiba mais
- A redução das invasões só deve ocorrer quando as 1,5 mil famílias da Vila Dique e da Vila Nazareth forem reassentadas em loteamento na Zona Norte, previsto para 2009
- A perspectiva de diminuição dos transtornos com a troca de equipamentos no aeroporto é mais otimista. A partir da metade deste mês, devem acabar as atuais restrições para os pousos por instrumentos. O teto de vôo (camada de nuvens) não pode estar abaixo de 150 metros para aterrissagens. Com a antena funcionando, esse limite cai para 60 metros
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