| 20/04/2008 21h29min
Os jogadores do São Paulo tiveram que passar o intervalo do clássico deste domingo no gramado do Parque Antárctica. Ao fim do primeiro tempo, eles tentaram descer para o vestiário do estádio palmeirense, mas voltaram assim que chegaram às escadas de acesso. O local estava infestado com um gás, que não permitia a permanência de ninguém por ali.
Dirigentes, comissão técnica e jogadores do São Paulo mostraram irritação com a situação.
— É um absurdo, é inacreditável que isso aconteça num jogo importante como este — esbravejou o vice-presidente de futebol do clube, Carlos Augusto Barros e Silva.
O gás foi jogado para dentro do vestiário são-paulino através de três janelas. Repórteres tentaram ir ao local, mas não conseguiram por causa do efeito da substância. Apesar de todos os indícios, o tenente-coronel Carlos Botelho, da PM, preferiu ver uma teoria da conspiração.
— Pode ter sido alguém do próprio São Paulo para fazer uma onda
por causa do resultado — declarou o
tenente-coronel Carlos Botelho no intervalo.
Mais tarde, no entanto, ele admitiu que um tipo de spray, que garantiu não ser gás de pimenta, foi mesmo atirado no vestiário são-paulino.
Irritados, os dirigentes do São Paulo afirmaram que fariam um Boletim de Ocorrência após o jogo. Depois disso, deixaram o estádio e assistiram ao segundo tempo no CT são-paulino. Após a partida, os jogadores foram embora sem passar pelo vestiário.
— Foi uma várzea — lamentou o zagueiro Alex Silva.
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