| 19/03/2008 09h30min
Uma região eufórica recebe nesta terça o jogo entre Chapecoense e Inter, às 21h45min, no Estádio Índio Condá, válido pela segunda fase da Copa do Brasil. A partida é encarada como uma final de Taça Libertadores para a região. Tanto que pelo menos 50 mil pessoas disputaram os 12 mil ingressos existentes, segundo o diretor financeiro do clube, Valdecir Scalvi.
Há pelo menos duas semanas o confronto domina as conversas nas ruas de Chapecó. Excursões de pelos menos 40 municípios dos três estados do Sul estão confirmadas. As bandeiras de Inter, Chapecoense e até do Grêmio tomam as ruas da cidade.
— É um momento ímpar para o clube — destacou o diretor de futebol, Jandir Bordignon.
Pela primeira vez em sua história o clube disputa a Copa do Brasil. A Chapecoense eliminou o Guarani, de Campinas, na primeira fase (3 a 1 e 0 a 0), e agora faz um confronto com o campeão do mundial de 2006. O risco é de perder por dois gols de diferença e ser eliminado no primeiro jogo. Por isso o clima é de concentração total, segundo o volante Maurício.
— A gente se preparou para jogar bem e buscar a vitória — disse o jogador.
Para o técnico Luís Carlos Cruz, a Chapecoense terá que fazer o melhor jogo do ano para superar o colorado. Para isso vai tentar se inspirar no Juventude, único time que derrotou o Internacional em 2008. Para o jogo, Cruz terá a volta do meia Éder e do zagueiro Márcio Guerreiro.
Em Chapecó, o Internacional vai jogar como se estivesse em casa. Além dos três mil ingressos reservados para o colorado, haverá muitos torcedores vermelhos infiltrados na torcida da Chapecoense. Prova disso foi a recepção do time gaúcho na chegada em Santa Catarina.
No Hotel Bertaso, onde o colorado ficou hospedado, novo assédio dos fãs. Igor Lagaggio, de seis anos, tinha o sonho de abraçar Fernandão. Ele até usa o cabelo parecido com o ídolo. No hotel, não conseguiu realizar o desejo. Mas, com insistência, foi até o campo da Faculdade Exponencial, onde o Inter treinou. Lá conseguiu abraçar o ídolo.
— A gente já sabia que seria assim — disse o meio-campo colorado, sobre a calorosa recepção.
Nesta terça, o Internacional não fez o reconhecimento do campo do Índio Condá, pois ocorreu um desacerto entre a direção do clube e a Prefeitura de Chapecó, sobre os horários de treinamento. O Inter fez apenas um trabalho leve e um "rachão" na tarde na parte da terda
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