| 15/03/2008 10h01min
Um grupo de cem monges tibetanos exilados no Nepal, entre eles mulheres e crianças, iniciou hoje uma greve de fome em solidariedade para com as pessoas que morreram na sexta-feira durante os distúrbios de Lhasa, informou um ativista pró-Tibete.
— A greve de fome foi espontânea e pretende expressar nossa solidariedade para com os protestos em Lhasa e contra as mortes registradas — disse o presidente da Juventude Tibetana do Nepal e voluntário do movimento Tibete Livre, Thupten Tenzing.
Ele acrescentou que, por enquanto, não se sabe durante quanto tempo permanecerão em greve de fome. As forças de segurança nepalesas detiveram 12 tibetanos em frente ao escritório da ONU na capital do país por obstruir o tráfego, disse um porta-voz policial, que acrescentou que eles poderiam ser libertados ainda hoje.
Esta noite, a comunidade de tibetanos exilados em Katmandu deve acender velas na cidade em sinal de protesto pela morte de pelo menos 10 pessoas —
segundo informou a agência de notícias
estatal chinesa Xinhua — nos distúrbios que ocorreram ontem na capital tibetana. O governo tibetano no exílio, porém, confronta a versão chinesa para o número de mortos, afirmando possuir "relatórios não confirmados" que indicam que aproximadamente cem pessoas morreram nos distúrbios registrados na sexta-feira.
Entenda o conflito
Desde o início da semana, monges budistas protestam no Tibete e nas regiões próximas onde vivem minorias tibetanas pela independência do país, invadido pela China em 1951. Eles também relembram o 49º aniversário do levante de Lhasa que levou ao exílio do Dalai Lama, líder espiritual dos budistas tibetanos.
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