| 07/03/2008 11h47min
Condições precárias e falta de explicações e de apoio compõem o quadro descrito por dois dos brasileiros que foram deportados da Espanha e chegaram ao Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) por volta das 7h de hoje.
O promotor de vendas Marcos Vinicius da Silva dos Santos, 23 anos, conta que ia fazer conexão em Madri para ir a Paris (França), mas foi barrado.
— Fomos tratados praticamente como animais, sem saber porque estava acontecendo aquilo com a gente — diz, sobre a permanência no aeroporto da capital espanhola.
Santos relata que foi mantido numa sala fechada, com muitas câmeras, e que todos os brasileiros que estavam no local tiveram os documentos apreendidos. Segundo Santos, bastava se identificar como brasileiro para ser levado ao recinto.
Questionado sobre se achava haver preconceito na conduta dos espanhóis, ele responde que acha que sim, porque só sul-americanos eram barrados:
— Cidadão europeu
estava entrando.
A cabeleireira Lucimeire de Souza
Rocha, 21 anos, foi barrada ao tentar entrar em Madri na volta de dois meses de férias. Ela conta que mora lá há um ano e três meses, e que estava preparando a papelada de casamento com o namorado espanhol.
— Eles me detiveram e disseram que eu ia ser deportada. Não me deram explicação nenhuma e não quiseram explicação do meu advogado.
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