O presidente do Avaí, João Nilson Zunino, defendeu nesta segunda-feira, em entrevista à rádio CBN/Diário, a punição do torcedor que arremessou a bomba sobre o torcedor do Criciúma Ivo Costa, de 62 anos, durante a partida entre Criciúma e Avaí, no domingo.

O dirigente, que até então não havia se manifestado em nome do time florianopolitano, também solicitou que houvesse um espaço reservado para a torcida adversária em jogos ocorridos fora do seu estádio. Isso porque, na opinião dele, sem um espaço próprio, os torcedores acabariam se misturando e aumentando as chances de desavença.

Em reunião na tarde desta segunda-feira, a Federação Catarinense de Futebol (FCF) proibiu que torcidas organizadas compareçam em partidas na casa do adversário no returno do Catarinense, que começa na quarta.

Zunino, que estava na reunião, afirmou que o cidadão que carrega uma bomba para um estádio seja tratado como um bandido, mesmo que não chegue a usá-la. Apesar da manifestação da Polícia, o dirigente ainda não considera nenhum torcedor do Avaí como culpado.

Para dirigente e secretário, PM atuou bem

O presidente do Leão da Ilha elogiou o trabalho da Polícia Militar (PM), destacando que a confusão teria sido maior se a contenção da confusão não ocorresse de forma intensa.

— A PM fez um trabalho extraordinário e teve uma atuação extremamente positiva, que não permitiu mais nada de grave — afirmou.

O secretário da Segurança Pública do Estado, Ronaldo Benedet, que esteve em Criciúma, concorda com Zunino. Para ele, a PM evitou o pior, mesmo existindo a possibilidade de falha nas revistas na entrada do Estádio Heriberto Hülse. 

— Não temos um sistema perfeito. Apesar do controle rígido, às vezes acontece de armas entrarem em presídio. Nem os Estados Unidos conseguiram evitar a queda das Torre Gêmeas — avaliou.