| 25/01/2008 08h40min
Mesmo com um jogo a menos que a maioria dos times, até agora o ataque do Avaí é o melhor do Campeonato Catarinense. Com sete gols, tem a média de 3,5 por partida. O Criciúma, o segundo melhor, tem média de 2. E a principal arma do técnico Sérgio Ramirez tem sido as bolas paradas. Das sete vezes que marcou, quatro foram resultado deste fundamento.
Durante a pré-temporada em Gravatal, no Sul dos Estado, e nos treinamentos antes dos jogos, Ramirez fez o time treinar bastante as cobranças de falta, escanteio e pênalti. Repetia diversas vezes e aprimorava o posicionamento dos jogadores. No futebol moderno, com as equipes trabalhando pesado a parte técnica e física, o fundamento é essencial.
Também servem, muitas vezes, para abrir o placar quando o time adversário joga muito fechado. O primeiro gol azurra no Catarinense, contra o Guarani de Palhoça, teve esta lógica. O meia Válber cruzou, de perna esquerda, e Bebeto, de cabeça, colocou a bola para as redes, aos 36 minutos do segundo tempo. Depois o jogo terminaria em 5 a 0.
Contra o Marcílio Dias foi a mesma coisa, embora o placar não tenha sido elástico. Novamente Válber bateu a falta pela esquerda, e o zagueiro Rafael antecipou-se ao marcador e fez, de cabeça. Um detalhe importante foi a presença do lateral-esquerdo Jef Silva na jogada. Ele se posicionou junto com o cobrador, mas correu para a linha de fundo. O adversário que estava na barreira foi marcá-lo e facilitou a vida de Válber. O último gol do Leão contra o Guarani também saiu de bola parada, mas de jogada ensaiada. Válber cobrou o escanteio curto para Bebeto, que saiu da área e tocou para trás. Batista, livre, teve tempo de ajeitar a bola e dar um belo chute de esquerda.
Mas futebol não é só isso, e os jogadores precisam de sorte. O terceiro gol do Avaí teve início numa jogada nada de classe. No meio campo, Jef Silva foi dividir com um adversário. O lateral-esquerdo deu um balão, a bola foi na cabeça de Bebeto, que lançou Rafael Costa na frente do goleiro. O atacante mandou para o fundo das redes. Por ironia, o único gol tomado pelo Leão foi de pênalti.
MAURÍCIO FRIGHETTO DO DIÁRIO CATARINENSE
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