| 23/01/2008 07h55min
Um dos principais parceiros em investimentos do Grêmio está cobrando na Justiça pelo menos R$ 4,4 milhões do clube. Desde 20 de dezembro, corre no Foro Central de Porto Alegre uma ação movida pelo empresário Jorge Gerdau Johannpeter. A dívida está relacionada com compra e venda de jogadores entre 1997 e 2003.
O advogado de Gerdau, Ruy Zoch Rodrigues, esclarece que a ação não "significa nenhuma ruptura" entre empresário e Grêmio.
– Estamos negociando. O problema é que ainda não chegamos a um acordo, e a dívida prescreveria em 11 de janeiro. Por isso entramos com o processo antes disso.
Conselheiro do Grêmio e aliado da atual direção para a construção da futura Arena, Gerdau manteve encontros com o presidente Paulo Odone antes de ajuizar a ação. A idéia é que os valores devidos sejam renegociados e o empresário ingresse no condomínio de credores do clube para receber o que lhe é devido.
– Não há animosidade entre as
partes, esse expediente é normal – disse o
diretor jurídico do Grêmio, Gustavo Pinheiro.
O débito começou com as vendas de Arce, para o Palmeiras, em 1997, e de Émerson, para o Bayer Leverkusen, em 1998. Gerdau deveria ter recebido US$ 4,5 milhões. Em 10 de fevereiro de 1998, as duas partes firmaram um contrato para resolver a pendência.
Pelo documento, o empresário ficou com parte dos passes de cinco jogadores que pertenciam ao clube – Roger, Tinga, Rodrigo Costa, Otacílio e Ronaldinho – a um preço de R$ 3,825 milhões. Além disso, sobrou a Gerdau um crédito de US$ 487 mil, que seria pago pelo Grêmio em três parcelas – outubro, novembro e dezembro de 1998.
Conforme a ação, nem os US$ 487 mil, nem os percentuais das negociações dos atletas foram quitados. A somas desse valores, convertidos para reais, mas sem juros ou correção monetária, dá os R$ 4,4 milhões.
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