| 12/11/2007 06h30min
Ainda que o discurso oficial depois da derrota de 1 a 0 para o São Paulo, ontem, tenha sido de que o time segue na disputa pela Libertadores, o Grêmio já faz uma avaliação do potencial do grupo e projeta mudanças profundas para 2008. A primeira providência poderá ser a contratação de um novo técnico.
A permanência de Mano Menezes está ligada à garantia de participação na competição continental. O próprio técnico disse isso há um mês. Ontem, pressionado, Mano desconversou e respondeu mais de uma vez que não era o momento de falar sobre o assunto. Além de não confirmar a permanência, sua resposta deixa margem para a especulação sobre uma possível saída.
– Por respeito pelo Grêmio, não tenho nenhum compromisso com outra equipe, não assinei nada – disse o técnico.
Pelo menos um clube brasileiro já teria sondado Mano. Trata-se do Santos, que não tem a garantia de que Wanderley Luxemburgo permanecerá na Vila Belmiro em 2008. Uma oferta do Flamengo, para que coordene todo o departamento de futebol, com autonomia sobre contratações, parece seduzi-lo.
Mano convive há algumas semanas também com o interesse de clubes da Arábia Saudita. Segundo informações, há sondagens. O técnico foi avisado da pretensão dos xeques pelo empresário Gilmar Veloz, seu procurador informal.
Certo no Olímpico, até agora, é a reformulação a ser implementada no grupo. As laterais merecerão maior urgência. O colombiano Bustos, reserva de Patrício ontem, não confirmou as qualidades apresentadas no Cúcuta em jogos pela Libertadores. Mano chegou a dizer que ele foi prejudicado no Grêmio porque o time não provoca tantas faltas na frente da área – como fazia o atacante panamenho Blás Pérez no Cúcuta. Da mesma posição, Patrício também finaliza o ano em baixa com os torcedores e deve encerrar seu ciclo no clube depois de três temporadas.
Na esquerda, mesmo que Bruno Teles deva começar o ano recuperado da cirurgia no joelho direito, ainda faltará um jogador com a capacidade de apoio de Lúcio, transferido para o Herta Berlin em julho. Anderson ainda é jovem e necessita de mais tempo para se afirmar.
No meio-de-campo, jogadores como Sandro Goiano e Tcheco precisarão renovar o contrato. Sobre o primeiro, que já completou 34 anos, pesa a questão da idade. Tcheco saiu chamuscado nesta reta final do Brasileirão. As expulsões e os cartões o fizeram perder prestígio e a braçadeira. Com propostas da Arábia e em rota de colisão com Mano, deve se despedir do clube.
A lista de compras do clube inclui também atacantes. Ontem, Jonas e Marcel afundaram e mostraram-se pouco efetivos. Tuta, apesar dos 17 gols marcados, não tem a permanência assegurada. Ele completará 34 anos em junho de 2008.
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