| 09/11/2007 21h09min
O volante gremista Eduardo Costa não poderá enfrentar o São Paulo neste domingo no Estádio Morumbi, pela 36ª rodada do Brasileirão. Na noite desta sexta, ele foi suspenso por 120 dias pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O volante, que acertou uma voadora em Claiton após o jogo diante do Atlético-PR no último dia 31 em Curitiba, foi denunciado pelo artigo 253 do CBJD (agressão), que prevê gancho de 120 a 540 dias.
O meia Tcheco, que já não poderia mais jogar neste ano por ter sofrido lesão, foi suspenso por dois jogos. Ele foi denunciado pelo artigo 252 (ofensa moral ao árbitro), por ter discutido com o árbitro Wagner Tardelli na mesma partida. Com a ausência dos atletas, o técnico Mano Menezes deve formar o meio-campo da equipe que enfrenta o São Paulo neste domingo com William Magrão, Labarthe, Maylson e Diego Souza.
Pelo lado do Atlético-PR, tanto o clube quanto o médico Alexandre dos Santos Cabral, que invadiu o campo durante o jogo, foram absolvidos. O advogado Jorge Petersen, que defendeu o Grêmio, reclamou da forma como o caso foi julgado.
– A prova apresentada pela procuradoria, baseada, primeiro, numa prova fonográfica e, segundo, no testemunho de pessoas que são intimamente ligadas ao Atlético-PR, era uma prova que deveria ser vista com muita cautela pelo tribunal – declarou o advogado.
Enquanto apenas Petersen estava no STJD pelo Tricolor, pelo Atlético-PR estavam presentes como testemunhas Claiton e o jornalista de uma rádio paranaense que teria observado a agressão. Para o advogado, o depoimento do ex-colorado se contradisse com o repórter.
– Verificamos que (Claiton e o repórter) vieram depor não para consignar a verdade, mas para criar uma história que livrasse, como de fato livrou, o Atlético-PR da penalidade de perda do mando de campo – disse o advogado.
Petersen também lembrou que os dois jogadores já tinham uma rivalidade desde a época em que Claiton defendia o Colorado. O volante, porém, negou.
– Nunca tive problema com Eduardo Costa. Não lembro nem de ter jogado contra ele na minha época de Inter. O que aconteceu foi um lance isolado – declarou o volante, que queria uma punição maior ao gremista. – Jogadores que agridem dentro de campo, no calor do jogo, estão pegando 120 dias. No caso dele, foi uma agressão premeditada – justificou o jogador.
A auditora do processo foi Renata Quadros, a mesma que julgou a agressão de Gavilán no palmeirense Valdívia, e declarou que Grêmio é uma equipe violenta. Nesta quarta, o assessor de futebol Paulo Pelaipe foi suspenso por 360 dias pelo STJD por ter criticado Renata, o marido Alexandre, que também é auditor do tribunal, e o procurador-geral da entidade, Paulo Schmitt.
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