| 27/09/2007 20h19min
Em meio às suspeitas envolvendo o russo Nikolay Davidenko e depois de o britânico Tim Henman afirmar que as tentativas de suborno são comuns no mundo do tênis, o belga Gilles Elseneer admitiu ao jornal London Times que recebeu proposta para entregar um jogo válido pelo Grand Slam de Wimbledon em 2005.
Elseneer, ex-top 100 do ranking internacional, contou que receberia US$ 140 mil (cerca de R$ 280 mil) para perder na primeira rodada diante do italiano Potito Starace. O valor oferecido representava mais de um quarto de tudo o que o tenista recebeu na carreira profissional. Mas Elseneer recusou e venceu o duelo por 3 sets a 0.
– Tinha minha honra como jogador e Wimbledon sempre significou tudo para mim. Lembro que eles chegaram a me dar um tempo para pensar e que respondesse no dia seguinte, mas precisei de pouco tempo para entender que não poderia fazer aquilo – Potito Starace.
O presidente da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP),
Etienne de Villiers, não esconde a
preocupação com a influência das casas de apostas no esporte.
– Não fico surpreso que os jogadores sejam abordados por gente assim. O que mais me preocupa, porém, é a reação deles e o quanto entendem que este esporte depende apenas deles. Seria um desastre se alguém começasse a pensar que no tênis existe corrupção. Precisamos lutar com todas as forças contra isso – afirmou o sul-africano.
De Villiers ainda alerta:
– Temos leis estritas e podemos multar um jogador em mais de US$ 100 mil (cerca de R$ 190 mil). Se descobrirmos algo, seja com um tenista ou com alguém do meio, vamos aplicar punir da forma mais severa e até mesmo banir do esporte. Temos a prática da tolerância zero.
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