| 24/09/2007 17h09min
Ao invés de ser demitido, o técnico Luiz Felipe Scolari saiu ainda mais fortalecido da reunião com a direção da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) realizada nesta segunda. Por unanimidade, os dirigentes decidiram manter Felipão à frente da seleção do país, apesar do incidente com o jogador sérvio Dragutinovic no último dia 12, em jogo válido pelas eliminatórias da Eurocopa de 2008.
– Com base no apuramento dos fatos ocorridos, e do processo que ainda está a decorrer na Uefa, a direção da FPF decidiu apoiar, por unanimidade, o recurso que Scolari apresentará, quer disponibilizando os nossos serviços jurídicos, quer através do acompanhamento por ocasião da audiência marcada para o dia 4 de outubro – disse o presidente da FPF, Gilberto Madaíl, após o encontro.
Madaíl afirmou que o pedido de desculpas do técnico, expressando em entrevista coletiva no dia seguinte ao incidente, e a confiança de Felipão em conquistar a vaga para a Eurocopa de 2008 foram fundamentais para a decisão de manter o brasileiro no cargo.
– A direção da FPF reuniu-se na manhã seguinte ao jogo, convocando Luiz Felipe Scolari. Na ocasião, o selecionador deu conta do seu arrependimento e transmitiu-me que continuava confiante na classificação para a Euro 2008. A partir desse momento, os esforços desenvolvidos visaram defender os interesses da seleção nacional – destacou o dirigente.
Madaíl criticou a tentativa de agressão ao jogador sérvio, qualificado por ele como um gesto “instintivo e descontrolado”, mas lembrou da trajetória do treinador na seleção portuguesa, cuja importância, na opinião dele, transcende o mundo do futebol.
– O gesto, ainda que instintivo e com todas as atenuantes que já foram explicadas, não devia ter acontecido. No entanto, sempre defendi que um gesto descontrolado não pode conduzir-nos a cometer outro ato descontrolado, e particularmente ingrato, que esquecesse todo o passado e o comportamento de Luiz Felipe Scolari enquanto selecionador nacional. Para além dos méritos técnicos e desportivos, o atual treinador foi, tal como os jogadores, um elemento importantíssimo na união entre os portugueses e a seleção – encerrou.
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