| 03/09/2007 22h09min
Difícil lembrar quando a cena pôde ser vista no Alfredo Jaconi pela última vez antes da tarde desta segunda. No primeiro treino após o regresso de Natal, onde o Juventude aplicou 3 a 0 no lanterna América-RN, sábado, o clima estava alterado. Positivamente. Nem o cansaço pela chegada no estádio apenas as 2h da madrugada desta segunda-feira conseguiu derrubar o ânimo de jogadores e comissão técnica.
Com descontração, até um treinamento forte após uma viagem exaustiva se torna mais fácil. Na verdade, a própria intensidade do primeiro trabalho da semana – e penúltimo antes de receber o vice-líder do campeonato, o Cruzeiro, quarta, às 20h30min – parecia resumir o atual momento alviverde no Brasileirão: com direito a risos, sim. Mas ainda na obrigação de manter a cautela.
– Às vezes sou até repetitivo dizendo isso, mas é a verdade e é muito importante: temos sempre de ter consciência de porque perdemos ou porque ganhamos uma partida. Se não fizermos isso, não aprendemos nada com os resultados – adverte o técnico Beto Almeida.
Para armar a arapuca contra a Raposa e seu melhor ataque entre todos os 20 participantes da competição, o treinador terá as voltas do volante Vanzini (preservado do último jogo) e do meia Fábio Baiano (que cumpriu suspensão pelo terceiro cartão amarelo). A se confirmar a tendência experimentada ontem à tarde, o esquema com três zagueiros deve ser mantido. Afinal, há duas partidas que a defesa passa invicta.
– É lógico que é muito melhor trabalhar em um ambiente vitorioso. Mas a nossa realidade não permite sobressaltos de emoção. Nosso momento ainda é crítico, a nossa tarefa ainda é muito difícil. Temos que trabalhar com os dois pés na realidade – sublinha o treinador.
E na atual realidade juventudista, alcançar a inédita marca de três vitórias consecutivas no Brasileirão 2007 nunca pareceu um sonho tão possível. Possível e compulsório.
– Não vamos nos deixar levar pela empolgação. O mais importante era encontrar o caminho certo, a identidade deste Juventude. E isso nós já fizemos: descobrimos a nossa rota. Agora devemos nos manter nela – observa Beto.
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