| 14/08/2007 10h50min
Cortado da seleção brasileira de vôlei às vésperas dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, o levantador Ricardinho lança nesta terça em Maringá (PR) o livro Levantando a Vida, sua biografia escrita em parceria com o jornalista Luiz Carlos Ramos. E o último capítulo é o aguardado com mais ansiedade: é nele que o jogador conta sua versão do desentendimento com o técnico Bernardinho.
Por causa de um contrato com a editora Dental Press, o melhor jogador da última Liga Mundial de vôlei não pode divulgar o texto do capítulo que ele mesmo escreveu antes do lançamento oficial do livro. Mas pelas declarações do ex-capitão antes do lançamento, pode ser perceber o tom do material.
– Fui humilhado. O que me decepciona é o ponto a que ele (Bernardinho) chegou, de dizer que não me suportava, me cortou em 10 minutos, me humilhou, disse que eu estava passando dos limites, que eu só reclamava – disse Ricardinho ao jornal O Estado de S.
Paulo.
Ricardinho, de 31 anos, revela que o corte do Pan foi feito na frente de todos os colegas da seleção, no Rio. O jogador diz que ouviu as explicações do técnico calado e saiu da reunião sem dizer uma palavra. O levantador assegura que seu corte não está relacionado com a premiação pelo título da Liga Mundial ou à apresentação no Rio com atraso, como chegou a ser divulgado.
O jogador afirma que o prêmio pelo título da Liga dado pela Federação Internacional de Vôlei, de US$ 1 milhão, foi dividido em 19 cotas, entre jogadores e comissão técnica, como havia sido acertado. Dos prêmios individuais (US$ 14,7 mil de Gustavo, melhor bloqueador, e US$ 35 mil do próprio Ricardinho, melhor jogador), 50% do valor foi divido apenas entre os demais atletas.
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