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 | 28/04/2007 19h05min

Técnico do Tigre dá valor ao controle emocional

Gelson Silva falou ao DC sobre a expectativa para a final

Campeão estadual de 1991 como jogador pelo Criciúma, o técnico Gelson Silva busca o primeiro título da carreira como técnico. Quis o destino que a chance surgisse de novo contra a Chapecoense, clube adversário na decisão de 1991. Líder da equipe de melhor campanha, Gelson relata suas expectativas sobre o primeiro jogo da decisão.

Diário Catarinense:  Qual é o seu maior temor em relação ao primeiro jogo da decisão?
Gelson Silva: O meu maior temor é não conseguir marcar bem a Chapecoense. Esse é o fator que irá predominar. Eles já pressionaram bastante naquele jogo (quinta rodada do returno, Chapecoense 2 x 1 Criciúma). Mas entendo também que um jogo decisivo é diferente e o time que tiver maior controle emocional e concentração vai obter êxito.

DC: Qual é o maior trunfo do Criciúma para essa primeira partida da decisão?
GS:
É a velocidade. Se conseguirmos marcar bem o adversário, os espaços serão criados na seqüência da partida. Por isso, existe uma tendência forte de irmos bem nessa primeira decisão.

DC: De que forma essa mobilização da torcida do Oeste pode influenciar?
GS:
O torcedor tem sido uma peça fundamental na trajetória deles. Essa mobilização houve desde o momento em que nos venceram. O Criciúma está acostumado a jogar finais e não haverá preocupação nesse sentido. Mas o torcedor impulsiona a Chapecoense e por isso que eu digo, se marcarmos bem a Chapecoense, pode haver uma reação contrária também.

DC: Este é o teu maior desafio na carreira de técnico?
GS:
Sim. É a primeira vez que chego a uma final de Catarinense. Já estive em duas finais. Quando dirigia o Brusque perdemos a B1 para o Juventus e, no ano passado, no Marcílio Dias, perdemos a Divisão Especial para o Joinville. Esta é a minha oportunidade de reverter a situação e ser campeão.

DC: Que semelhanças que tu vê entre a final disputada como jogador (em 1991) e essa final de Estadual?
GS:
O futebol mudou bastante. Em 1991, foram três partidas, uma em Chapecó e duas em Criciúma. Perdemos a primeira e tínhamos que ganhar para jogar mais uma partida e isso aconteceu. Naquela ocasião o momento era muito bom para o Criciúma e havia uma clareza maior em relação ao título. Mesmo assim, a Chapecoense vendeu cara aquela final. Agora é diferente. Não existe vantagem. A única vantagem era o mando de campo, mas isso está sob júdice. Fora isso, será diferente. Aquela equipe que vencer a primeira partida vai dar um passo importante para o título.

DC: O que tu sabes da equipe do técnico Agenor Piccinin?
GS:
É uma equipe bem treinada. O Agenor é um técnico experiente, conhece muitos atletas e por isso fez uma boa campanha. A equipe é bem postada e o Agenor tem o total domínio dela. Esse mérito é todo dele. Além de ser treinador, ele consegue administrar junto com a direção os problemas de uma equipe com pouca estrutura.

DC: Qual é o melhor jogador do campeonato?
GS:
Há uma tendência forte pelo Fernandinho. O Jean Carlos foi muito bem no final do primeiro turno e início do returno, mas o Fernandinho teve mais constância, foi mais regular.

DIÁRIO CATARINENSE
 

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