| 18/06/2006 17h19min
Pedro Júnior era considerado pelo técnico Mano Menezes o 12º jogador do Grêmio. Passado o período de férias, o goleador gremista da temporada despencou na preferência do treinador. Os primeiros dias da intertemporada na até agora chuvosa e fria Itapema, evidenciaram que o jogador, nove gols em 2006, está atrás de Herrera, Rômulo e Ricardinho na briga por uma vaga no ataque. Neste domingo, o comandante explicou suas razões:
– Ele tem relâmpagos de um grande jogador, mas precisa evoluir – opinou o treinador, que diz preferir comprar uma briga com os críticos que exigem a escalação de Pedro Júnior do que comprometer a estrutura tática da equipe.
Hoje, Pedro não teria lugar no time nem mesmo com a hipótese admitida por Mano de escalar dois atacantes contra o São Paulo, dia 12, no Morumbi. Tomando cuidado para evitar críticas que exponham o jogador, o técnico explicou que as dificuldades do atacante de 19 anos são de ordem tática. Falta a Pedro, segundo Menezes, maior participação quando não está com a bola. Diferentemente de Herrera, Ricardinho e Rômulo, ele tem dificuldades em atuar de forma coletiva. Costuma optar pela jogada individual quando o mais correto é tentar a combinação com os meias.
São defeitos que nem mesmo a capacidade de fazer gols encobrem. Mano, a propósito, lembra que, com exceção do gol que deu ao Grêmio o título regional, contra o Inter, nenhum dos outros foram vitais ao time.
Mano só se incomoda quando perguntam se não gosta do atacante. Diz que já era vítima "da mesma injustiça" quando deixava na reserva o meia Anderson, hoje no Porto, de Portugal:
– Se fosse esse o problema, talvez ele nem estivesse mais aqui. Pelo contrário, trabalhamos diariamente para que Pedro Júnior corrija seus defeitos. Essa é nossa obrigação profissional – destacou.
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