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 | 11/01/2006 09h11min

Opinião pública israelense critica o Hospital Hadassah

Anticoagulantes podem ter sido a causa das hemorragias

O hospital Hadassah de Jerusalém, onde está internado Ariel Sharon, recebeu acusações de suposta negligência no tratamento do primeiro-ministro. A instituição pode enfrentar uma investigação pública. A imprensa destaca hoje nas manchetes a possibilidade de que as hemorragias sofridas pelo primeiro-ministro devam-se aos anticoagulantes que lhe foram ministrados após um leve derrame cerebral em dezembro.

O hospital confirmou ontem que conhecia desde o princípio o fato de que Sharon sofria, além disso, de uma angiopatia amiloidea cerebral, doença que aumenta o risco de infartos e hemorragias cerebrais nestes pacientes. Ainda assim, os especialistas decidiram administrar anticoagulantes duas vezes ao dia ao premiê.

O professor Félix Umansky, um dos cirurgiões que operou o primeiro-ministro, disse a um programa de televisão que será confirmado esta noite que provavelmente a hemorragia foi conseqüência do anticoagulante. O diário Ha'aretz denuncia hoje que o hospital ocultou informação à opinião pública apesar de desde o princípio ter se comprometido a revelar qualquer dado relacionado ao quadro médico de Sharon.

Um renomado médico israelense, que preferiu permanecer anônimo, disse ter exigido do Ministério da Saúde a abertura de uma investigação, uma solicitação apoiada nos últimos dias por diversos médicos e jornalistas. Fontes hospitalares rejeitaram hoje as acusações e indicaram que "a situação foi que impôs o tratamento; qualquer outro teria sido pior".

Aparentemente, para dissipar as críticas contra o hospital, o filho do primeiro-ministro, Omri Sharon, agradeceu ontem aos médicos do Hadassah a dedicação e profissionalismo com que tratam seu pai.

AGÊNCIA EFE
 

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