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 | 18/12/2005 12h48min

G-20 teve apoio de Lamy, EUA e Austrália contra europeus na OMC

Estabelecimento de data para fim de subsídios à exportação salvou reunião

Depois de uma semana de incertezas e ceticismo, os 150 países associados à Organização Mundial do Comércio (OMC), reunidos em Hong Kong, aprovaram neste domingo uma data-limite para o desaparecimento total dos subsídios às exportações agrícolas. Isso terá de acontecer até 2013, mas a declaração final diz que na metade do período de implementação, por volta de 2010, parte das subvenções estarão substancialmente eliminadas.

A decisão foi tomada após uma reunião que atravessou a madrugada e que teve como ponto forte o isolamento da União Européia. Os principais membros da OMC começaram a discutir a declaração final às 22h de sábado e terminaram às 9h de domingo. Segundo uma fonte que participou das conversas, enquanto temas como apoio doméstico, bens industrializados, acesso a mercados e serviços foram adiados para o ano que vem, a proposta do G-20, liderado por Brasil e Índia, ganhou um acalorado debate.

Brasil e Índia sugeriram 2013, com parte considerável dos subsídios eliminados na metade do período acordado. Tiveram apoio do diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, dos Estados Unidos, da Austrália e da África do Sul. A UE acabou concordando.

Convicto de que a única forma de salvar a reunião de Hong Kong de um fracasso total seria o compromisso de 150 países com uma data para o fim dos subsídios às exportações, o Brasil e os demais integrantes do G-20 usaram como tática a formação de alianças com outros países em desenvolvimento e com as nações menos desenvolvidas, como os africanos e os caribenhos. Mesmo assim, encontraram resistência dos europeus até o último momento.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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