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 | 30/11/2005 13h38min

PIB ruim agita mercados no último dia de novembro

Mercado já fala em aumento nos cortes da taxa Selic chegando até um ponto

A queda de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) foi o grande destaque na última manhã de novembro. O desempenho ruim da economia no terceiro trimestre já era esperado, mas foi pior que as previsões mais pessimistas. O mercado financeiro teve reação imediata. Volátil, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou a manhã em baixa de 0,76%. O dólar subiu 0,59%, cotado a R$ 2,200 na compra e R$ 2,202 na venda.

A Bovespa chegou a cair 1,12%, como primeiro impacto da notícia, mas teve leve alta de 0,03%, com a expectativa de que a economia retraída obrigue o Banco Central a aumentar o tamanho dos cortes de juros. Já se fala em queda de 0,75 ponto percentual na taxa Selic em dezembro, ou mesmo de 1 ponto.

Por conta dessa aposta, o mercado futuro de juros tratou de ajustar as projeções da taxa Selic para baixo. O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2007 tem taxa de 16,73% ao ano, contra 16,90% do fechamento de terça. A taxa Selic é hoje de 18,50% ao ano.

O dado divulgado pelo IBGE levou todos os economistas a reverem para baixo suas perspectivas de crescimento para 2005. Também é unânime a avaliação de que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, fica enfraquecido, já que o número fortalece as críticas ás suas políticas monetária e fiscal.

Segundo operadores, o mercado de câmbio teve como principal fator de pressão a disputa de investidores do mercado futuro. Os "comprados" (que apostam na alta) aproveitaram o cenário favorável e puxaram a cotação para cima, buscando obter ganhos na liquidação dos contratos de câmbio que vencem neste dia 1º.

O Banco Central promoveu também mais um leilão de contratos de "swap" cambial reverso. É o terceiro consecutivo, que na prática equivale a uma compra de dólares por parte do Banco Central.

No Índice Bovespa, as maiores baixas no final da manhã eram de Cesp PN (-3,26%) e Brasil Telecom Participações ON (-2,84%). As altas mais significativas do índice são de Light ON (+2,38%) e Tim Participações ON (+1,92%).

AGÊNCIA O GLOBO
 

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