O Paraná Clube anunciou, nesta terça, o início de um velho sonho de sua torcida: a reabertura para jogos do Estádio Durival de Britto e Silva, na Vila Capanema. O projeto “Vila, Tá na Hora!” prevê uma ambiciosa reforma, orçada em R$ 35 milhões, e planeja até a hipótese de receber a Copa do Mundo de 2014, desde que esta ocorra no Brasil. A Vila sediou duas partidas da Copa de 1950, na época pertencente ao extinto Clube Atlético Ferroviário.

O clube pretende aumentar a capacidade de espectadores do estádio, saltando dos atuais 12 mil para 15 mil lugares até janeiro de 2006. Nesta primeira, o clube acredita que irá gastar R$ 1,5 milhões, construindo camarotes, lanchonetes, sanitários para deficientes físicos, novas cabines de imprensa e até um fraldário.

Espera-se que o dinheiro inicial do projeto seja obtido com a venda dos 56 camarotes (com preços variáveis entre R$ 26 mil e R$ 39 mil) e do pacote de ingresso para o Campeonato Paranaense de 2006. Antes do almoço de anúncio do “Vila, Tá na Hora!”, 22 já haviam sido comercializados. O presidente do Paraná, José Carlos de Miranda, não esconde que também espera contribuições espontâneas:

– Qualquer saco de cimento já é uma grande ajuda – solicita.

A etapa mais ambiciosa, a ser concluída em 2012, tem na prancheta o desenho de um estádio coberto para 36 mil pessoas e voltado para eventos de grande porte.

– É o primeiro projeto de grande impacto do Paraná Clube. Quem nos trata como time pequeno vai ter que mudar de assunto – afirmou Waldomiro Gayer Neto, um dos idealizadores da reforma e vice-presidente de marketing do clube.

Fundado em 1949, o Durival de Britto e Silva atualmente é aberto somente para treinos. A última vez em que o estádio recebeu uma partida foi em março do ano passado. A não-adaptação do local ao Estatuto do Torcedor fez o clube atuar, desde então, no Pinheirão, que pertence à Federação Paranaense de Futebol.

AGÊNCIA PLACAR