A Seleção Brasileira vai realizar um treino coletivo na tarde desta sexta, na Granja Comary, em Teresópolis. Há quatro anos no futebol europeu, o meia Juninho Pernambucano é contra esse tipo de treinamento. Reserva de luxo da equipe, ele afirmou que a pratica de coletivos antes das partidas só é realizada no Brasil.

– Na Europa é raro fazer coletivos, se faz joguinhos de cinco contra cinco, que mistura a equipe e motiva todo mundo. Sou contra o coletivo. Acho que cansa muito, principalmente quando realizado às vésperas dos jogos – disse Juninho, contrariado.

Aos 30 anos, o jogador que marcou apenas um gol pela Seleção Brasileira na carreira – assinalado nos 3 a 0 contra a Grécia, pela Copa das Confederações 2005 – considera que tem uma carreira de sucesso, mas que poderia ter sido bem melhor.

– Sai do Brasil com 26 anos, mas sempre quis deixar o país mais cedo. Acho que eu teria um crescimento profissional maior do que eu atingi – explicou Juninho, tetracampeão francês pelo Lyon.

Ele assinou recentemente um novo contrato com o clube. Ele deve ficar pelo menos mais três anos em território francês. Juninho chegou a enfrentar problemas de adaptação, mas por pouco tempo:

– No início foi difícil, principalmente por causa da língua. Quando cheguei, o Lyon já tinha o Anderson (atacante) e o Caçapa (zagueiro). Isso facilitou – admitiu.

Apesar de ter participado da campanha da Copa das Confederações, Juninho ficou de fora dos dois últimos jogos da Seleção nas Eliminatórias, contra Paraguai (vitória de 4 a 1) e Argentina (derrota de 3 a 1). O jogador lembrou do único gol que marcou com a camisa verde e amarela.

– No Lyon, eu sou o cobrador oficial de faltas, mas a Seleção tem grandes batedores. Como o Ronaldinho Gaúcho e o Roberto Carlos não estavam em campo, peguei a bola para cobrar. Estava confiante e a bola entrou. Foi uma alegria indescritível – lembrou.

AGÊNCIA PLACAR