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Rodríguez Saá assume e suspende o pagamento da dívida

Novo presidente quer utilizar os recursos para um plano social de emergência

O governador da província argentina de San Luis, o peronista Adolfo Rodríguez Saá, foi proclamado na madrugada deste domingo, dia 23, presidente interino da Argentina. A proclamação foi feita pela Assembléia Legislativa, que reúne as duas câmaras legislativas federais, e o mandato deverá ser cumprido até 3 de março de 2002, quando uma nova eleição será realizada para definir um novo presidente que deverá governar até dezembro de 2003, cumprindo o tempo restante do mandato do ex-presidente Fernando De la Rúa. Em seu discurso perante a Assembléia Legislativa, o novo presidente anunciou a suspensão do pagamento da dívida externa, utilizando os fundos que estariam destinados para tal para um plano social de emergência. Disse ainda que manterá a conversibilidade e que cortará drasticamente os gastos públicos.

A eleição que escolherá o sucessor de Rodríguez Saá foi determinada pelo Partido Justicialista e deverá ser feita através de um questionado sistema denominado lei de lemas que permite a cada partido (lema ou legenda) a inscrição de vários candidatos (sublemas ou sublegendas). Assim, a soma dos votos das sublegendas determina o partido vencedor e a sublegenda mais votada deste partido é proclamada vencedora.

O sistema de lemas não está previsto no Código Eleitoral, mas sua adoção será possível através de uma modificação na Ley de Acefalía, que determina o que fazer no caso de vacância do cargo de presidente da República.

A adoção desse sistema resolve um problema do Partido justicialista que é o excesso de candidatos à presidência, mas está sendo questionado pela UCR, partido do ex-presidente De la Rúa, e pela Frepaso, duas das maiores forças políticas argentinas. Os candidatos justicialistas são os governadores Carlos Ruckauf (Buenos Aires), José Manuel de la Sota (Córdoba), Carlos Reutemann (Santa Fe), Néstor Kirchner (Santa Cruz) e o próprio presidente do Senado, Ramón Puerta.

A aprovação do processo eleitoral especial na Argentina foi possível graças ao apoio de pequenos partidos, o que garantiu uma vitória aos Justicialistas na madrugada deste domingo por um escore de 169 a 138 votos.


 
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