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 | 11/12/2001 21h26min

Cavallo negocia e tenta evitar calote

Governo argentino não tem como pagar US$ 700 milhões na sexta

O ministro argentino da Economia, Domingo Cavallo, tentará esquivar-se da possibilidade de calote que pode ocorrer na sexta-feira, dia 14, quando o governo terá de desembolsar US$ 700 milhões para pagar os vencimentos de Letras do Tesouro (Letes) em poder dos fundos de pensão (conhecidos pela sigla AFJP). O governo não tem verbas para pagar a dívida e, por isso, Cavallo está fechando um acordo com os fundos para adiar por 90 dias o vencimento e reduzir as taxas de juros de 15% para 11%.

Especula-se que o pagamento do 13º para os funcionários públicos e aposentados poder ficar para o  julho do ano que vem ou ser pago em parcelas nos próximos meses. Se o governo adiar esses pagamentos, conseguirá economizar US$ 800 milhões em dezembro.

O governo também se prepara para reduzir gastos de US$ 4 bilhões do orçamento nacional para conseguir a liberação dos empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI). Essa quantia seria destinada a financiar planos de competitividade de empresas argentinas. O desaparecimento da maioria dos planos está causando a ira dos empresários argentinos.

A indisposição com Cavallo também predomina entre os governadores do Partido Justicialista (peronista). Um grupo de 11 governadores peronistas recusa-se a sentar à mesa de negociações com o ministro presente. Nas ruas, a população parece também não estar apoiando as medidas do ministro. Neste quarta-feira, dia 12, comerciantes farão um buzinaço e um panelaço ao meio-dia. Na quinta, as três centrais sindicais do país farão uma greve de 24 horas.

 
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