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 | 22/10/2001 20h54min

Médico tratou antraz em veterinários

As características do antraz, doença que assombra os Estados Unidos enviada por cartas, ainda estão vivas na memória de brasileiros que sentiram e combateram os seus efeitos. O infectologista Vicente Amato Neto, de 76 anos, trabalha no Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, e conhece o antraz de perto. Em 50 anos de atividade, atendeu e curou dois casos de veterinários que lidaram com animais contaminados. Um deles, o paulista Manoel dos Santos Castro Portugal, o procurou em 1976 com uma mancha na mão direita. Aos 71 anos, esse veterinário aposentado mora em Praia Grande (SP) e lembra do fato como um acidente. Portugal conta que foi chamado para atender um caso de bovinos doentes em uma fazenda paulista. Sete animais morreram de carbúnculo hemático – causado pela bactéria –, e ele realizou exames nos animais sem utilizar luvas. O resultado foi a contaminação na forma cutânea. Descuido que rendeu 12 dias de internação no Hospital do Servidor Público e um forte tratamento com antibióticos. Portugal lembra que eram 1 milhão de doses de penicilina por dia para combater a mancha, que adquiriu uma forma de botão e uma cor negra, além do inchaço no braço.

CAROLINA BAHIA/BRASÍLIA
 
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