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 | 19/09/2001 21h24min

Reunião de clérigos no Afeganistão discute guerra santa

Momento é de atuar e não de negociar, disse o governo dos EUA nesta quarta-feira

A reunião de mais de mil ulemás, os sábios do Islã, continua nesta quinta-feira em Cabul para decidir sobre o pedido feito pelo regime do Talibã de decretar a Jihad (guerra santa) diante das ameaças dos Estados Unidos. Nesta quarta, a Casa Branca fez nova advertência ao Afeganistão para que entregue Osama bin Laden, principal suspeito dos ataques terroristas do dia 11 de setembro contra Nova York e Washington. Em uma mensagem aos ulemás, que chegaram de todas as regiões do Afeganistão, o mulá (chefe espiritual) Mohammad Omar novamente inocentou Bin Laden dos atentados da semana passada. – Nós dissemos aos Estados Unidos que, se eles têm alguma evidência contra Osama, entreguem-na à Suprema Corte do Afeganistão, aos ulemás de três países islâmicos ou peçam a observadores da Organização da Conferência Islâmica (OCI) que mantenham Osama sob observação – afirmou Omar. A Casa Branca mandou um recado ao Talibã, nesta quarta, dizendo que "chegou o momento de atuar e não de negociar" a extradição de bin Laden. O terrorista continuaria escondido em Kandahar, reduto do Talibã no sul do Afeganistão. No mesmo discurso do líder talibã, parece ser bastante remota a possibilidade de o regime entregar bin Laden aos EUA: – Já dissemos aos EUA que nem os Emirados Árabes do Afeganistão nem Osama estão envolvidos nos eventos americanos. Mas é triste que não escutem nossa palavra. Os EUA repetem sempre ameaças, fazem várias acusações e agora o fazem com a ameaça de um ataque militar – disse o mulá Omar.

 
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