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 | 25/11/2004 00h18min

Colorado perde para o Boca Juniors por 4 a 2

Time de Muricy Ramalho sentiu a pressão da Bombonera

Rodrigo Celente

Não deu. Mesmo jogando um bom primeiro tempo, o Inter saiu derrotado da Bombonera. Nesta quarta, dia 24, o colorado perdeu para o Boca Juniors pelo placar de 4 a 2 na primeira partida das semifinais da Sul-Americana. Os gols foram marcados na segunda etapa. Traverso, Cagna, Palermo e Cardozo assinalaram para o Boca. Sobis e Diego descontaram.

Segundo o escritor uruguaio Eduardo Galeano, o futebol é um espetáculo teatral. O jogo na Bombonera pode ser considerado uma peça em dois atos. O dia: 24 de novembro de 2004. O local: Bombonera, Buenos Aires, Argentina. O espetáculo: Boca Juniors x Inter, pelas semifinais da Sul-Americana. O ator principal: Carlos Tevez. O desfecho: Boca 4 a 2 Inter.

O atacante argentino é liso, rápido, driblador e brigador. Foi ele quem armou as principais jogadas de ataque do Boca Juniors. E os gols da equipe saíram todos de lances com a sua participação.

Primeiro ato: na primeira etapa, o Boca Juniors teve apenas três oportunidades. Aos 20 minutos, Tevez chutou rasteiro, com força, Clemer esticou-se todo e, com a ponta dos dedos, jogou para escanteio. Grande defesa. Aos 35, Clemer realizou um milagre. Schiavi se antecipou à defesa colorada, cabeceou com força, à queima-roupa. O goleiro colorado espalmou. A bola ainda bateu no travessão. Na seqüência, Clemer subiu para dividir com Schelotto. Ao cair no chão, machucou o supercílio.

O outro lance de perigo ocorreu nos acréscimos. Aos 46 minutos, Vinícius perdeu a bola perto da área. Em velocidade, Schelotto avançou pela direita e cruzou na cabeça de Palermo. O grandalhão atacante subiu livre e cabeceou sozinho, mas fez o mais difícil. Colocou para fora.

Segundo ato: o Inter saiu em cima. Antes de fechar o primeiro minuto, o zagueiro Alvarez tentou recuar a bola. Diego, esperto, tomou a bola e, de primeira, tocou para Rafael Sobis já dentro da área. Sobis chutou na saída do goleiro argentino: 1 a 0. Porém, o gol parece ter feito o Inter parar de jogar. E o Boca, empurrado pela fanática torcida, avançou sobre o campo do colorado. Aos nove minutos, Traverso apanhou um rebote: 1 a 1.

Dois minutos depois do empate, Clemer – que já havia cortado o supercílio –recebeu um foguete nas costas. O jogo parou, Muricy discutiu e, quando a bola rolou, gol do Boca: Cagna arriscou de longe, rasteiro, forte. Clemer foi certo na bola, mas ela bateu na trave e nas suas costas antes de cair dentro do gol: 2 a 1. Eram apenas 14 minutos. O Inter estava atordoado. Palermo recebeu passe, depois de Tevez fazer grande jogada, em situação irregular. O árbitro não marcou o impedimento e o atacante não desperdiçou: 3 a 1. Aos 25, Cardozo chutou cruzado e Clemer aceitou.

Quando tudo parecia perdido, quando os quase dois mil torcedores colorados que lotaram o seu espaço na Bombonera não acreditavam mais, veio o segundo gol. Diego, aos 36 minutos, entrou rápido no lugar do centroavante, depois do cruzamento de Chiquinho: 4 a 2.

Próximo ato: está marcado para o dia 1º de dezembro, no Beira-Rio. Estádio que deve estar lotado. A missão é muito difícil. O Inter precisa vencer por dois gols de diferença, para levar a decisão para os pênaltis, ou por mais de dois gols de diferença, para se classificar direto. Será a vez do Boca Juniors sentir o caldeirão vermelho, lotado, tremer com os gritos da torcida colorada. A direção vai colocar preços populares. A arquibancada inferior custará R$ 5, a superior, R$ 10, e a cadeira, R$ 50.

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