| 09/11/2004 09h40min
Líderes muçulmanos fizeram um apelo nesta segunda, dia 8, para que os membros da combalida força de segurança do Iraque se recusem a combater ao lado das tropas dos Estados Unidos na investida contra a cidade de Falluja, controlada por rebeldes e onde unidades iraquianas já desertaram no passado.
O clérigo xiita anti-EUA Moqtada al-Sadr se uniu ao pedido de um poderoso grupo sunita, a Associação dos Clérigos Muçulmanos, afirmando que o cerco a Falluja pode desestabilizar ainda mais o resto do país.
– Pedimos à Guarda Nacional do Iraque, ao Exército e à polícia para não participarem junto com as forças de ocupação no ataque a Falluja. Condenamos esse ataque que vai piorar o problema da segurança no Iraque – disse o porta-voz de Sadr, Abdul Hadi al-Darraji.
Na última vez que os EUA tentaram tomar Falluja, em abril, algumas unidades iraquianas desertaram e a ofensiva fracassou. Na época uma revolta liderada por Sadr também atingia a cidade de Najaf e se espalhou para a favela de Sadr City.
Os iraquianos, que são só uma pequena fração dos 10 mil a 15 mil homens mobilizados para capturar Falluja, participam de ofensiva deflagrada no início desta semana para retomar a cidade das mãos de rebeldes. O secretário de Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, disse em entrevista coletiva que as deserções não são um problema.
O primeiro-ministro interino do Iraque, Iyad Allawi, prometeu combater os rebeldes que estiverem por trás dos ataques quase diários com bombas, das mortes e dos seqüestros no país antes das eleições marcadas para janeiro.
As informações são da agência Reuters.
Veja imagens da ofensiva em Falluja
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.