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Geral  | 26/07/2013 21h53min

Moradora de Cachoeirinha ofereceu chimarrão ao Papa

Paola dos Santos Matos, 16 anos, entregou o mate que Francisco tomou no papamóvel

Letícia Costa  |  leticia.costa@zerohora.com.br

Com a frase "Gaúchos, o papa Francisco tomou o meu chima!!! Obrigada, meu Jesus", Paola dos Santos Matos, 16 anos, anunciou ao mundo virtual a origem do mate tomado pelo Pontífice nesta quinta-feira, na praia de Copacabana. Em pé, no papamóvel, Francisco recebeu das mãos da moradora de Cachoeirinha a bebida típica do Rio Grande do Sul e da terra natal dele, a Argentina.

Durante 10 segundos, o papa Francisco segurou a cuia e experimentou o chimarrão preparado pelo pai da estudante do 3º ano do Colégio Estadual Rodrigues Alves, que frequenta a paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem. Paola foi espremida pela multidão que acompanhava o trajeto do Pontífice até o palco principal e quase caiu de um banco de plástico para alcançar o mate. Com a ajuda de um policial e de um segurança, a adolescente conseguiu realizar o que considera um sonho, uma aproximação de Jesus. Do Rio de Janeiro, onde está hospedada em um apartamento com familiares e amigos, Paola conversou com a reportagem de Zero Hora. Confira a entrevista concedida por telefone na noite desta sexta-feira:

Zero Hora — De onde veio a ideia de oferecer chimarrão ao Papa?

Paola dos Santos Matos — Estávamos bem em frente à barra de ferro e meus pais me chamaram para tomar chimarrão com eles. A ideia foi da minha mãe, que em uma Jornada Mundial da Juventude anterior conseguiu que o papa João Paulo II encostasse na bandeira do Brasil que ela levou. Estava com esta bandeira ontem (quinta-feira). A minha mãe deu a ideia de colocar a bandeirinha da JMJ com o rosto do papa, que comprei no Rio Grande do Sul, em volta da cuia. Botei, mas não levei fé.

ZH — O que você fez para ser vista por ele?

Paola — Pensei que, se a intenção do meu coração fosse sincera e pura, Jesus ia atender meu pedido. Subi em um banco de plástico que compramos na rua e quase caí. Estava sendo pressionada pelas pessoas, e houve um policial que me auxiliou bastante, segurando as barras de ferro para eu não cair. Quando o Papa estava chegando, comecei a tremer. Fiz um pedido para Nossa Senhora, para que o Papa me enxergasse. Ele me viu, acenou e ergui a cuia. Disse "toma", e ele pediu para parar o papamóvel. Alcancei o mate para ele e ele fez uma cara de "tu quer que eu tome?", e eu disse que sim. O segurança pegou a cuia e deu para o Papa. Depois ele colocou a cuia perto do peito e sinalizou como se perguntasse se podia ficar com ele. Fiz um sinal de não com a mão, o segurança me devolveu e comecei a chorar imediatamente.

 
Papa toma o chimarrão oferecido por Paola
Foto: Raphael Lima, prefeitura do Rio, Divulgação

ZH — O que sentiu depois que ele devolveu a cuia?

Paola — Queria apenas que ele olhasse para mim, este foi meu pedido sincero para a Nossa Senhora. Quando ele olhou, senti Jesus olhando para mim. Tenho certeza que foi a mãe de Deus, a intercessão de Maria que tornou o momento possível. Foi muito emocionante, um sonho realizado. O olhar dele foi tão acolhedor, tão sincero.

ZH — Você já tinha visto o Papa pessoalmente antes? Como conseguiu ficar tão perto?

Paola — Só tinha visto pela televisão. Conseguimos um lugar privilegiado, ele estava muito perto e o policial ajudou bastante, pois o pessoal estava bem eufórico. Chegamos por volta das 15h e ficamos perto do posto cinco.

Veja o vídeo, feito pela mãe de Paola, do momento em que o Papa toma chimarrão:

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