Deve demorar mais de oito meses para que se consiga recuperar totalmente a estrutura do Mercado Público de Porto Alegre. A estimativa foi levantada na tarde desta sexta-feira após uma vistoria do Conselho do Patrimônio Histórico Cultural (Compahc) ao prédio que teve 10% de sua construção destruída no incêndio em 6 de julho.

De acordo com o coordenador da Memória Cultural da Secretaria Municipal da Cultura, arquiteto Luiz Antônio Custódio, a inspeção debateu alternativas de reconstrução que possibilitem o retorno da abertura do local o mais breve possível.


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A obra se desenvolveria em três estapas. A primeira, em andamento, dá conta da instalação da nova fiação elétrica e do cumprimento das exigências do Corpo de Bombeiros. Assim que estiver concluída, os estabelecimentos que não foram atingidos pelo fogo podem voltar a funcionar. Segundo custódio, a rebertura emergencial depende apenas da instalação de tapumes e redes de proteção.

A segunda etapa da obra irá recuperar a área queimada do edifício, com a restauração da arquitetura original do prédio e a instalação da cobertura metálica. Essa fase secundária levaria pelo menos oitos meses para ser concluída.

— Vamos avaliar a possibilidade de recontratar as empresas que realizaram a restauração anterior do prédio e que já possuem conhecimento e competência técnica. Vamos pedir orçamento para ver se é viável. Caso contrário, licitamos um novo projeto de restauração e de obra, procedimentos que tornariam o processo mais demorado _ considera Custódio.

Para detalhar a terceira etapa da obra, uma nova reunião com o Compahc será realizada na segunda-feira. A última fase da recuperação do prédio histórico deve incluir projetos de acessibilidade e modernização da estrutura, uma vez que a última reforma foi feita há mais de 10 anos. 

— Essa etapa não é emergencial. E será realizada quando o Mercado já estiver em funcionamento —afirma o arquiteto.