Inventor de um acessório indispensável para quem usa computador de mesa, o cientista norte-americano Douglas Engelbart morreu terça-feira, aos 88 anos, em Atherton, nos Estados Unidos, de insuficiência renal. O engenheiro eletrônico é responsável pela criação do mouse, que transformou o modo como os usuários interagiam com computadores.

Nascido em Oregon, em 1925, Engelbart tinha Ph.D. em Engenharia Elétrica pela Universidade de Berkeley, onde atuou como professor assistente até se transferir para o Stanford Research Institute, (hoje SRI International), em 1963, onde trabalhou por 20 anos e desenvolveu tecnologias centrais para o mundo da informática.

O conceito do mouse foi produzido em 1963, com a ideia de mover o cursor do computador sem usar as setas do teclado. Em dezembro de 1968, ele apresentou a invenção em uma feira de computação em São Francisco. O acessório, que era quase cúbico, já tinha o apelido que o acompanha até hoje.


Primeiro mouse, apresentado em feira de computação em 1968, era de madeira

Além do mouse, ele demonstrou o sistema NLS, que apresentava funções precursoras de componentes da informática atual, como a interface gráfica, o hipertexto, a videoconferência e múltiplas janelas.

Patenteado em 1970 como um "indicador de posicionamento X e Y para monitores", o mouse teve a tecnologia licenciada para a Apple, Xerox e outras companhias e se tornou comercialmente viável em 1984, três anos antes da expiração da patente. A equipe de Engelbart também colaborou com a Arpanet, o embrião da internet.

Autor de mais de 20 patentes de tecnologia, ele recebeu a Medalha Nacional de Tecnologia em 2000. A honraria reconhece pessoas responsáveis por grandes inovações tecnológicas. Engelbart também criou uma fundação que leva o nome dele, dedicada a incentivar o conhecimento coletivo e a inovação.