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Depois de um ano considerado fraco, a economia brasileira começa a dar sinais de reação. O avanço de 0,6% nos primeiros três meses de 2013 mostra um início de ano mais forte que 2012, mas decepciona economistas do setor privado e do governo, que apostavam em um crescimento em torno de 1%.

O resultado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quarta-feira preocupa especialistas que já dão como certa o aumento na taxa de juro. Hoje à noite, o Banco Central divulga o resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), cenário que pode comprometer ainda mais um crescimento robusto em 2013. Para o ex-ministro da Fazenda, Marcílio Marques Moreira, o cenário nos próximos meses deve ser pior do que o apresentado no início do ano.

— O avanço do juro, que começou em abril, vai acabar impactando os resultados finais. O país deve crescer menos de 3%— avalia.

O mercado também parece cada vez menos otimista com o comportamento da economia nos próximos trimestres. Estimativa de analistas para 2013, que em janeiro era de 3,26%, hoje está em 2,93%, aponta o boletim Focus. Com o resultado do primeiro trimestre abaixo do esperado, as projeções devem cair ainda mais.

Segundo Rafael Bacciotti, economista da Tendências Consultoria, a percepção dos analistas reage às sinalizações do Banco Central. Nas duas últimas semanas, o presidente Alexandre Tombini, afirmou publicamente, em duas ocasiões, que a instituição fará o possível para reduzir a inflação, que hoje está em 6,49% no acumulado de 12 meses até abril, bem acima do centro da meta, de 4,5%.

— O controle da preços, que já bate no teto da meta, passa a ser a maior preocupação. Mesmo que para isso a economia fique um pouco de lado — afirma.

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