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Política  | 26/06/2012 13h40min

Parlamentares questionam depoimento de arquiteto na CPI do Cachoeira

Alvaro Dias e Rubens Bueno argumentam que a comissão deveria ouvir Fernando Cavendish

Após os dois primeiros depoentes ficarem em silêncio e serem dispensados da sessão desta terça-feira da CPI do Cachoeira, parlamentares polemizaram quanto à necessidade do depoimento do arquiteto Alexandre Milhomen. Ele foi convocado pois foi o responsável pela reforma da casa comprada por Carlinhos Cachoeira e que pertenceu ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

Diversos integrantes da comissão, principalmente os do PSDB e PPS, questionaram a convocação do arquiteto, dizendo que não há motivo para esse depoimento.

Para o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) e o deputado Rubens Bueno (PPS-PR), quem deveria estar sendo ouvido é o ex-presidente da empreiteira Delta, Fernando Cavendish — cuja convocação foi adiada pela comissão.

O relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), disse que há uma incoerência entre as datas apontadas pelo arquiteto e as apuradas pela comissão, que são importantes na apuração da venda da casa pelo governador de Goiás, Marconi Perillo.

O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) disse que a vinda do arquiteto é "descabida e despropositada". Ele observou que o requerimento de convocação foi assinado pelo deputado Dr. Rosinha (PT-PR), que nem sequer está presente na reunião.

Sampaio afirmou também que o relator não tinha o que perguntar para o depoente e que sua atuação diminui a CPMI.

O relator explicou que Dr. Rosinha é vice-presidente da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e está participando de reuniões relacionadas à crise no Paraguai.

Relator diz que não recua na investigação

Cunha disse que não vai recuar "na investigação dessa organização criminosa que está infiltrada no governo de Goiás, comandado pelo PSDB".

Sampaio (PSDB-SP) ironizou as perguntas do relator sobre local onde o arquiteto comprou o papel de parede que utilizou na decoração da casa, enquanto a imprensa divulga que recursos da empreiteira Delta foram utilizados em campanhas do PT.

— Cada coisa no seu tempo e no seu momento — respondeu o relator.

Segundo ele, nada impede que a CPI investigue depois a ligação da Delta com qualquer governo. Cunha afirmou também que não iria "bater boca" com Sampaio, que estaria fazendo seu papel como aliado de Perillo. Apenas reafirmou que, com o depoimento do arquiteto, está tentando estabelecer a data em que foi feita a decoração da casa, porque pode ter sido anterior à sua venda pelo governador.

AGÊNCIA CÂMARA
 
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