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Mundo  | 22/06/2012 20h14min

Federico Franco assume como presidente do Paraguai e prega união dos partidos

Em seu discurso de posse, ele reforçou compromisso de respeitar as instituições democráticas

Atualizada às 21h11min

Federico Franco é o novo presidente do Paraguai. Ele assumiu o cargo em uma cerimônia que começou pontualmente às 20h (horário de Brasília, 19h em Assunção), com o hino paraguaio, seguido do juramento e do discurso de pouco mais de 10 minutos.

Em sua fala, Franco disse que atuará como um presidente que tem um compromisso com as instituições democráticas.

— Neste momento, nessas circunstâncias, o destino quis e eu assumo a presdiência da República. Seguir adiante será póssível com todos vocês. O Paraguai precisa ser construído em todos os setores. Com a união de todos os setores políticos. Tenho compromisso de respeitar as instituições democráticas. Sou uma pessoa convencido da causa democrática.

Também declarou que assume a presidência com uma vontade irrestrita de reverenciar os direitos humanos, sem ódios ou ressentimentos.

— Assumo com uma vontade irrestrita de respeitar os direitos humanos, a imprensa e o compromisso das dívidas assumidas pelo governo. Não tenho ódio, nem ressentimento. Que todos sigamos juntos, em nome dos partidos, com o propósito de levar adiante o compromisso — reforçou.

O novo presidente paraguaio lembrou o massacre dos seis policiais e 11 sem-terra, que se enfrentaram na sexta-feira da semana passada, em Curuguaty.

Reiterou que não tem a intenção de colocar em risco a vigência dos princípios democráticos do país e que não vai nomear parentes ou amigos para cargos públicos — Lugo foi acusado de nepotismo.

E finalizou afirmando que uma das prioridades do seu governo é a questão social do campo.

— Que o Congresso aprove os recursos necessários.

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Entenda o caso

Ex-bispo católico, Fernando Lugo foi eleito presidente do Paraguai em 2008. O motivo para o pedido de impeachment — proposto ao meio-dia de quinta-feira e aprovado no final da tarde desta sexta — é o "mau desempenho de suas funções".

A maior razão que levou a oposição a desencadear o processo foi a execução de seis policiais e 11 sem-terra em um confronto que ocorreu na sexta-feira da semana passada, em Curuguaty, a 250km da capital Assunção.

A Câmara dos Deputados aprovou o pedido de julgamento político para destituir Lugo — por 76 votos a um. Na sequência, o Senado confirmou a decisão final para o impeachment para as 17h30min desta sexta. A condenação dependia da aprovação de 30 dos 45 senadores (dois terços).

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