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Política  | 14/06/2012 13h18min

CPI aprova quebra de sigilos de Marconi Perillo e Agnelo Queiroz

A decisão sobre a convocação do ex-presidente da Delta, no entanto, foi adiada

A CPI do Cachoeira aprovou nesta quinta-feira a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico, de mensagens de celular e de e-mail dos governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). A decisão ocorre um dia após Agnelo ter colocado, durante depoimento na CPI, seu sigilo à disposição da comissão, o que levou a Perillo a tomar a mesma iniciativa.

Em votações unânimes, os integrantes da CPI decidiram abrir os sigilos dos dois governadores desde 1º de janeiro de 2002 até o presente momento. Inicialmente, a intenção era que o sigilo fosse quebrado apenas pelos últimos cinco anos.

— Eu aceito um aditamento do meu requerimento para que seja de 10 anos — afirmou o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), autor de um dos dois requerimentos referentes a Perillo.

Votação para convocar ex-presidente da Delta é adiada

Já o requerimento para convocação do ex-presidente da Delta Construções, Fernando Cavendish foi adiada. Em uma votação apertada, com 16 votos contrários à convocação imediata e 13 favoráveis, a comissão entendeu que este não é o melhor momento para avaliar a presença de Cavendish. O relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), fez a defesa para retirar da pauta o pedido.

— O que tem de motivar a convocação é a análise da investigação. Por isso, neste momento, entendo não ser (o ideal) a aprovação ou a rejeição desse requerimento. Por isso proponho esse sobrestamento — disse Cunha.

O deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), ligado ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que, por sua vez, é amigo de Cavendish, também concordou com adiamento da decisão.

— Nós não temos de ter a ânsia de convocar sem ter o que perguntar, apenas para fazer o espetáculo de quem quer que seja — disse.

O líder do PSDB no senado, Alvaro Dias (PR), afirmou que a convocação de Cavendish é "urgente, inadiável e imprescindível". Dias argumentou que Cavendish já teria dito à imprensa que "compra políticos". Miro Teixeira também era favorável à convocação:

— Podemos votar hoje a convocação de Cavendish e deixar a data para ser determinada quando maiores elementos chegarem à CPI. Não é, portanto, uma postura radical. Procuro o caminho do bom senso.

Agência Estado
 
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