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Política  | 13/06/2012 12h49min

Agnelo Queiroz abre sigilos bancário, fiscal e telefônico à CPI

Em depoimento, governador do DF disse ser vítima de armações do grupo de Cachoeira

Por quase uma hora, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), tentou comprovar aos membros da CPI do Cachoeira que é vítima de uma armação tramada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Lendo o depoimento, mas num tom de indignação, o petista argumentou que seu governo trabalhou para endurecer contra o crime e a corrupção, o que teria revoltado o grupo do bicheiro:

— O grupo aqui investigado tramou a minha derrubada. Um governo legitimamente eleito. E não agiu só, valeu-se das falsas acusações levadas aos noticiários. Valeu-se de vozes políticas. Não há um único fato de que eu tenha favorecido o grupo e a empresa Delta. A história que trago hoje é de um governo que vem sendo perseguido pelo crime organizado. A história de um governante que resiste e trabalha.

Sua estratégia foi tentar mostrar que Cachoeira tramava conjuntamente com o senador Demóstenes Torres a sua queda:

— Hoje eu compreendo por que o senador Demóstenes Torres protocolou pedido de impeachment contra mim.

Agnelo também negou qualquer favorecimento à Delta e afirmou que o único contrato que a construtora tinha com o governo do DF foi assinado em 2010 por determinação da Justiça e antes de assumir o cargo. Segundo ele, seu governo tomou todas as medidas para resolver os problemas apontados na auditoria realizada nos contratos com a construtora.

Segundo ele, o endurecimento da fiscalização nos contratos e nas ações do governo teria irritado o contraventor e seu grupo e que isso estaria comprovado nos áudios das gravações da PF.

Quase ao final de sua fala, o governador do DF abriu seus sigilos bancário, fiscal e telefônico, num ato oposto ao do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e foi aplaudido por correligionários.

— Não admito ser medido pela régua de outros políticos que passaram pelo DF. Meus adversários são cruéis. Tentam me atacar pessoalmente de forma violenta e desonesta. Tentam me envolver em escândalos. Sei que não é usual uma testemunha fazer o que farei agora, mas coloco à disposição da CPI meus sigilos fiscais, bancários e telefônico. Quem não deve não teme — finalizou Agnelo.

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