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Política  | 12/06/2012 06h03min

Marconi Perillo é o primeiro governador a prestar depoimento na CPI

Tucano deverá esclarecer venda de casa para bicheiro e acusações feitas por radialista

ACPI que investiga as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados ouve nesta semana os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT).

O primeiro depoimento — de Marconi Perillo — está marcado para esta terça-feira, a partir das 10h15min. O governador de Goiás terá de esclarecer a venda de uma casa de luxo em Goiânia, na qual Carlinhos Cachoeira foi preso pela Polícia Federal em fevereiro deste ano.

Marconi Perillo diz ter recebido três cheques pela venda da casa, comprada pelo empresário Walter Paulo Santiago. Segundo ele, o ex-vereador Wladimir Garcez foi o intermediador do negócio. A CPI já ouviu Santiago e Garcez sobre o assunto.

O ex-vereador afirmou que comprou a residência de Perillo, mas, como não dispunha do dinheiro cobrado, fez um empréstimo com Cachoeira e com Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta no Centro-Oeste. O pagamento, segundo ele, foi feito com três cheques. Já o empresário Walter Paulo Santiago disse aos parlamentares que comprou a casa em dinheiro vivo. O pagamento, segundo ele, foi feito a Lúcio Gouthier Fiúza, ex-assessor de Marconi Perillo.

Perillo também terá que explicar as denúncias do radialista Luiz Carlos Bordoni. Bordoni diz ter recebido dinheiro de uma empresa de fachada (Alberto & Pantoja Construções) do esquema comandado por Cachoeira como pagamento de serviços prestados à campanha de Perillo em 2010.

A ligação de Eliana Gonçalves Pinheiro, ex-chefe de gabinete de Perillo, com Cachoeira também deverá ser objeto dos questionamentos de deputados e senadores ao governador de Goiás. Segundo a Polícia Federal, ela repassava informações sobre investigações que beneficiavam políticos ligados a Cachoeira.

Agnelo Queiroz depõe na quarta

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, será ouvido na quarta-feira. A reunião também está marcada para as 10h15min. Ele deve ser questionado principalmente sobre as denúncias de favorecimento à Delta em contratos de recolhimento de lixo em Brasília e região. A empresa é apontada pela PF como um dos braços do esquema de corrupção de Cachoeira.

De acordo com a Polícia Federal, assessores de Agnelo foram flagrados em conversas telefônicas que insinuam o pagamento de propina para a manutenção do contrato com a empresa. Depois da divulgação das denúncias, o chefe de gabinete Cláudio Monteiro e o subsecretário João Carlos Feitoza, também conhecido como Zunga, deixaram o governo do Distrito Federal.

AGÊNCIA CÂMARA
 
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