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Política  | 08/06/2012 18h32min

"Não somos apenas um partido de nerds", diz integrante do Partido Pirata

Felipe Gil é o único representante do movimento pirata no Rio Grande do Sul

Juliana Bublitz  |  juliana.bublitz@zerohora.com.br

No Rio Grande do Sul, o Partido Pirata Brasileiro é uma organização de um homem só. Morador de Porto Alegre, o estudante de Relações Internacionais Felipe Magnus Gil, 22 anos, é o único representante ativo do movimento no Estado.

Por telefone, Gil conversou com Zero Hora. Confira o que ele tem a dizer:

Zero Hora —  Por que Partido Pirata?
Felipe Magnus Gil —
Quando o movimento surgiu, na Suécia, a ideia inicial era defender a liberação de conteúdos na internet e confrontar o termo pirataria, que a indústria do entretenimento cunhou. O nome surgiu como uma forma de contestação.    

ZH — Qual é a principal bandeira no Brasil?
Gil —
No Brasil, decidimos expandir as ideias, porque não queremos ser um partido de uma causa só. Estamos elaborando um programa de governo. Entre as nossas preocupações, estão a transparência e a luta contra a corrupção.

ZH — Há quem diga que o Brasil já tem partidos demais. Como vocês avaliam isso?
Gil —
Tem um folheto do Partido Pirata alemão que diz o seguinte: melhor um nome ruim a uma política ridícula. Nós acreditamos na força institucional. Só assim poderemos mudar as coisas. 

ZH — O que falta para a fundação?
Gil —
No final de julho, durante a Campus Party em Recife, vamos fazer um ato oficial de fundação. Mas, para que possamos ser registrados no TSE, temos de juntar 700 mil assinaturas. Até agora, temos cerca de 200 mil.

ZH — E no Rio Grande do Sul, como está o movimento?
Gil —
Até 2010, tínhamos um grupo forte, de 15 pessoas. Mas hoje sou o único remanescente ativo. Estamos em busca de interessados.

ZH — Que público vocês pretendem sensibilizar?
Gil —
No início, os mais jovens. Mas queremos ampliar isso a médio e longo prazo. Nossa preocupação é mostrar para as pessoas que não somos apenas um partido de nerds.

ZH — Vocês são de direita ou de esquerda?
Gil —
Nos aproximamos mais da esquerda, mas não nos consideramos de esquerda nem de direita, até porque esses conceitos estão ultrapassados. Acreditamos nas nossas ideias e não vamos nos vender, como fizeram outros partidos.

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