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Política  | 08/06/2012 13h51min

Ex-diretor do Dnit está disposto a prestar depoimento na CPI do Cachoeira

Deputados e senadores já fizeram requerimentos pedindo a presença de Luiz Antonio Pagot

O ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antonio Pagot disse nesta sexta-feira que "está à disposição" da CPI do Cachoeira para prestar depoimento. Existem pelo menos nove requerimentos para a sua convocação que ainda não foram apreciados. Alguns deputados e senadores querem que esses requerimentos sejam pautados na próxima reunião administrativa da comissão, marcada para quinta-feira.

— Estou no interior, mas ao inteiro dispor da CPI para prestar depoimento—  disse Pagot. Ele evitou falar sobre quem tem interesse em impedir seu depoimento:

— Não quero falar sobre isso. Só quero mesmo dizer que estou inteiramente à disposição da CPMI para prestar esclarecimentos.

Para o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Pagot tem muito a contribuir com a comissão.

— Ele teria que falar de imediato, pode dar detalhes sobre as relações que existem nos bastidores entre as empreiteiras e os governos estaduais. Estamos perdendo tanto tempo com quem não quer falar. Por que não ouvir quem quer? — questionou Randolfe.

O depoimento de Pagot passou a ser considerado urgente por alguns integrantes da comissão, após ele ter denunciado o uso de verbas públicas para formação de caixa 2 de campanhas eleitorais em São Paulo. A denúncia foi feita em entrevista à revista IstoÉ, na qual ele se referiu a um suposto esquema de desvio de verba na obra do Rodoanel para as campanhas de José Serra à Presidência e de Geraldo Alckmin ao governo paulista em 2010. Pagot também disse, em entrevista à revista Época, que contrariou interesses do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que está preso em Brasília, e da Construtora Delta quando estava à frente do Dnit.

Pagot foi afastado do cargo de diretor-geral do Dnit após uma série de denúncias de corrupção no órgão, que derrubaram ainda o então ministro dos Transportes Alfredo Nascimento (PR-AM) e abriram uma crise política entre o PR e a presidenta Dilma Rousseff.

O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), também é a favor da ida de Pagot à CPI.

— Não pedi só a vinda do Pagot como testemunha, mas também a do ex-presidente da Delta Fernando Cavendish — acrescentou Álvaro Dias.

O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) disse que na próxima segunda-feira a bancada do PT na Câmara se reunirá para deliberar sobre esse assunto e outros relacionados à CPI.

— Se o relator for a favor, eu também serei. A princípio eu acho que não deveríamos chamá-lo, porque fugiria do foco da CPI. Mas, se ele quer comparecer para esclarecer alguma coisa, tem todo direito — disse Vaccarezza.

AGÊNCIA BRASIL
 
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