Após um fim de semana sem contatos entre São Paulo e Inter, o Caso Oscar encaminha-se para uma decisão no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. É possível que o tribunal julgue o pedido de efeito suspensivo dos gaúchos ainda nesta semana. Se o Inter obtiver a liminar, Oscar estará apto a vestir vermelho uma vez mais. Até nas oitavas de final da Libertadores.

O ministro Guilherme Augusto Caputo Bastos, um dos três juízes da Segunda Turma do TST, já informou aos dois clubes que deseja realizar uma reunião entre as partes nos próximos dias, em Brasília. Tentará encaminhar um acordo — uma última tentativa antes de partir para o julgamento da cautelar solicitada pelo Inter. Nesta terça-feira acaba o prazo dado ao São Paulo para apresentar as suas justificativas ao tribunal.

Nos bastidores do Beira-Rio comemora-se a postura do presidente são-paulino, Juvenal Juvêncio, de exigir a presença de Oscar em reuniões e de querer conversar com o jogador, a fim de escutar do próprio meia a afirmação que não deseja voltar ao Morumbi. Na opinião de diversos colorados envolvidos no processo, isso representaria constrangimento ao trabalhador perante ao TST.

— Nós queremos o jogador de volta. Há um contrato firmado e ele tem que ser cumprido. Ele cumpre o contrato e, depois, se não quiser, vai embora, ou então paga-se a multa. É assim que funciona — declarou Juvêncio à imprensa paulista.

Amanhã, Oscar dará entrevista ao canal SporTV e reafirmará publicamente o desejo de permanecer no Inter. Essas declarações servirão também como parte no processo, o que provaria que o atleta quer trabalhar no Beira-Rio.

— Segue a indefinição sobre essa questão porque o São Paulo não se manifestou. Se não houver um acerto, esperamos que o TST leve em consideração o esforço feito para compensar o São Paulo de maneira muito satisfatória e que reconheça o direito de o jogador poder trabalhar com o Inter — afirmou o advogado do Inter Daniel Cravo.