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Economia  | 12/01/2012 15h46min

Brasileiros rejeitam imposto para financiar a saúde, diz pesquisa da CNI

Entidade defende o fim dos desperdícios para alocar mais recursos

Uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que 96% dos brasileiros rejeitam a criação de impostos para melhorar a situação da saúde. A pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira: Saúde Pública mostra, também, que 61% dos brasileiros reprovam o sistema público de saúde e 95% acreditam que o setor precisa de investimentos.



 



Conforme a pesquisa, para 82% dos entrevistados, o governo deve acabar com a corrupção para obter mais recursos para a saúde. Outra solução, apontada por 53% das pessoas, é a redução de desperdícios. Somente 18% da população acreditam que seja necessário transferir recursos de outras áreas para o setor.

O gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, disse que outras pesquisas feitas pela instituição mostram que, na opinião dos brasileiros, os tributos em vigor são suficientes para garantir a oferta de serviços públicos básicos.

— De tempos em tempos, sempre vem a proposta de criação de um imposto para financiar a saúde. Na visão dos brasileiros, se o governo acabar com a corrupção e com os desperdícios é possível alocar mais recursos para o setor — destaca o economista.

De acordo com o estudo, o principal problema do sistema público de saúde é a demora no atendimento, assinalado por 55% dos entrevistados. Em seguida, está a falta de equipamentos e de unidades de saúde, apontado por 10% das pessoas, e a falta de médicos, indicado por 9% da população.

Para melhorar a situação, 57% dos entrevistados dizem que é preciso aumentar o número de médicos. Outros 54% afirmam que o governo deve equipar melhor os hospitais públicos e os postos de saúde. A terceira ação, assinalada por 30% dos brasileiros, é o aumento de salário para os médicos.

Na avaliação de 85% da população, o serviço público de saúde não melhorou nos últimos três anos e para 43% dos entrevistados, houve piora na saúde pública no período. O estudo da CNI aponta ainda que, nos últimos 12 meses, dos entrevistados que fizeram algum tratamento de saúde, 79% usaram a rede pública. O serviço público recebeu de seus usuários nota média de 5,7, em uma escala de zero a dez. Já os hospitais particulares receberam nota média de 8,1 de seus usuários.

O estudo revela ainda que 95% dos entrevistados concordam com a oferta gratuita de serviços de saúde. Mesmo assim, 68% consideram injusto todos pagarem pelo sistema independentemente do uso da rede pública de saúde.

— Esses dados mostram um paradoxo, pois para ofertar serviços de saúde gratuitos para toda a população, é preciso que toda a sociedade pague por isso — destaca Renato da Fonseca.

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