O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse no domingo que as sanções econômicas ao Irã para conter as ambições nucleares de Teerã têm "uma enorme força" e que consultará outras nações sobre os próximos passos para assegurar que o país do Oriente Médio não adquira uma bomba atômica.

Obama expressou confiança de que Rússia e China, principalmente, compreendam a ameaça que representaria um Irã com armas nucleares. Ele falou ainda que os líderes estiveram de acordo que não se pode admitir que o país de Mahmoud Ahmadinejad utilize seu programa nuclear para construir armas e detonar uma corrida armamentista na região.

O presidente americano, respondendo a perguntas em uma coletiva de imprensa durante a cobertura do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), não especificou que poderia considerar uma ação militar se Teerã persistir com seus projetos. Porém, avaliou:

— Não estamos retirando nenhuma opção da mesa. O Irã com armas nucleares representaria uma ameaça não somente para a região, mas também para os Estados Unidos.

Um relatório do Órgão Internacional de Energia Atômica divulgado na sexta-feira mostrou novas evidências de que o programa nuclear iraniano inclui esforços clandestinos para construir uma bomba.

O documento, que circulou entre os países membros do órgão supervisor dependente da ONU, possui também imagens de satélite, cartas e diagramas. O texto assegura que o Irã tem trabalhado para adquirir equipamento e informação sobre design de armas, testado explosivos de alta potência e detonadores, assim como desenvolvido modelos de computação do núcleo de uma ogiva.