Um torcedor foi o suficiente para tumultuar o desembarque da delegação palmeirense, em São Paulo, após a derrota deste domingo para o Atlético-MG, por 2 a 1. No retorno de Minas Gerais, nesta segunda, os jogadores deixaram a sala de embarque do aeroporto de Cumbica juntos e somente Luan parou para atender aos jornalistas. Ainda assim, ouviu gritos e cobranças de um torcedor e os seguranças do clube tiveram que intervir.

O torcedor, que se identificou como Davi, de 17 anos, acusou o time de, com medo, parar de jogar depois do caso de agressão ao volante João Vitor. Diante da exaltação do garoto, quatro seguranças se aproximaram a pediram para que ele encerrasse o protesto. Apesar de não ter havido agressão, o torcedor não se intimidou e mais três seguranças, além do gerente Sergio do Prado, tiveram de intervir para acalmar os ânimos.

— Tem certeza de que vocês vão me bater na frente das câmeras? Eu sou menor de idade, vocês podem ser presos. Eu protesto o quanto eu quiser, aqui é democracia — gritava o palmeirense.

Claramente nervoso e exaltado, Davi conversou com a imprensa depois da confusão e garantiu "falar em nome de toda a torcida palmeirense". Nenhuma torcida organizada do clube compareceu ao desembarque para protestar.

— Já não estão jogando faz tempo, nossa paciência acabou faz tempo. Ou sai o técnico, ou todos os jogadores. Não podem ficar de panelinha contra o Felipão. Coloquem o sub-20 para jogar. Ou é homem para jogar, ou sai. Eles chegaram agora, o Palmeiras está aí faz tempo — declarou.

— Torcedor paga caro para não ver nada? Olha o que o Palmeiras está passando. Tenho dó do Marcos, vendo esses jogadores — completou.