| 17/10/2011 16h37min
Durante passagem por Pretória, na África do Sul, onde cumpre agenda internacional, a presidente Dilma Rousseff fez questão de defender o ministro do Esporte, Orlando Silva, alvo de denúncia veiculada pela revista Veja de que ele teria recebido propina na garagem do Ministério.
— Ao contrário de muita gente por aí, temos um princípio democrático e civilizatório. Nós presumimos inocência e o ministro, nós não só presumimos a inocência dele, como ele tem se manifestado com muita indignação às acusações feitas a ele — disse a presidente.
Dilma afirmou que o governo está acompanhando atentamente todas as denúncias, os esclarecimentos e as investigações relacionadas ao ministro, que protocolou nesta segunda-feira um ofício solicitando ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a apuração da denúncia.
— O ministro pediu investigação da Polícia Federal, do Ministério Público Federal sobre as acusações feitas a ele e que ele reputa uma injustiça. Além disso, ele se dispôs a ir ao Congresso Nacional para fazer todos os esclarecimentos que os senhores deputados e senadores quiserem ter a respeito do assunto — disse a presidente.
A presidente enfatizou que os contratos com ONGs têm de ser mais fiscalizados, e ressalvou que há "ONGs e ONGs", e lembrou que, no início do ano, o governo fez esclarecimento aos ministros para que dessem preferência a convênios com prefeituras e Estados e que, em setembro, foram definidas as condições para se estabelecer qualquer convênio com ONGs.
— Entre esses convênios, tem chamada pública. Tem que fazer chamada pública, apurar se a ONG existe há mais de três anos. E ela imediatamente é tirada de qualquer possibilidade de "conveniação" se tiver incorrido em alguma falha, seja qual falha for —explicou a presidente.
Quanto à Copa de 2014, Dilma afirmou que este é um assunto do governo federal, não do ministro.
— Eu estive em Bruxelas, vocês anunciaram isso, com um representante da Fifa, e naquela circunstância deixei a ele claro que o governo não ia alterar — isso não é uma decisão do ministro Orlando — em nenhum momento, nenhuma legislação que beneficiasse a legislação brasileira.
Dilma Rousseff cumpre agenda em Pretória, na África do Sul
Foto:
Roberto Stuckert Filho
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Presidência da República
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