| 17/10/2011 15h03min
O presidente estadual do PCdoB, Adalberto Frasson, afirmou na tarde desta segunda-feira que as denúncias contra o colega de sigla Orlando Silva, ministro do Esporte, são ataques orquestrados para desestabilizar o chefe da pasta e o partido. Em entrevista ao programa Gaúcha Repórter, da Rádio Gaúcha, ele garantiu que o partido confia nas ações do ministério.
Orlando Silva é alvo de uma reportagem da revista Veja desta semana. Um militante do PC do B preso no ano passado, sob suspeita de desvio de dinheiro público, acusa o ministro de montar esquema de corrupção e receber propina na sede do ministério.
Diante do episódio, o ministro antecipou sua volta do México, onde acompanhava os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Orlando nega as denúncias e pediu para a Polícia Federal (PF) investigar o caso.
— O partido tem confiança nas ações levadas adiantes no ministério. O que eu vi foi a determinação do ministro em exigir uma investigação profunda, inclusive acionando a PF. Segundo ele, não há provas materiais para levar a investigação adiante — afirmou o presidente da sigla no Estado.
Frasson disse que, neste momento, qualquer questionamento sobre o trabalho do ministro é precipitado.
— Temos ainda que aguardar os acontecimentos para criar qualquer dúvida em relação ao ministério. Orlando é um dos nossos principais quadros no país. Consideramos isso como um ataque, que tem interesses que envolvem a ocupação do ministério.
— Existes grandes interesses políticos em jogo, que tentam desestabilizar o Orlando no ministro dos transportes. É um movimento para desgastar o ministro e o PCdoB — completou.
Ouça o áudio da entrevista concedida à Rádio Gaúcha
PF deve abrir inquérito
O Ministério da Justiça informou nesta segunda-feira que vai determinar à Polícia Federal que abra um inquérito para investigar as denúncias de pagamento de propina no Ministério do Esporte.
Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a decisão foi tomada a partir de um pedido do ministro do Esporte, Orlando Silva. Cardozo destacou que Silva se dispôs a abrir seus sigilos telefônicos e bancários para contribuir com a investigação.
— Obviamente, este gesto nos ajuda na medida em que há uma intenção clara do ministro em uma apuração, que será feita de forma rigorosa e aprofundada pelos órgãos da PF que serão responsáveis pelo caso — afirmou Cardozo. O ministro da Justiça acrescentou que o PM que fez a denúncia será ouvido pela Polícia Federal.
Orlando Silva, que acompanhava o Pan de Guadalajara, antecipou sua volta para preparar defesa
Foto:
Elza Fiúza, Agência Brasil
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