Na 16º edição dos Jogos Pan-Americanos, o Brasil viaja para o México com a maior delegação de sua história. Fora do país. A exceção fica por conta da edição passada, no Rio de Janeiro, há quatro anos, quando o número chegou a 660 atletas. Desta vez, o total deve chegar a 823 pessoas (entre médicos, fisioterapeutas, preparadores físicos, técnicos, quiropratas e da área administrativa), sendo 550 atletas, segundo o chefe da delegação brasileira, o ex-jogador de vôlei Bernard Rajzman.

Ele acredita que este Pan servirá de preparação para os Jogos de Londres, em 2012, e também de tubo de ensaio para as Olimpíadas do Rio, em 2016.

— Temos uma delegação grande e que disputa provas olímpicas. É um Pan que tem 12 modalidades que podem levar à classificação para as Olimpíadas. De qualquer forma, vai ser muito difícil superarmos o resultado do Rio — disse Bernard, referindo-se ao terceiro lugar no quadro, obtido com um total de 157 medalhas, sendo 52 de ouro, 40 de prata e 65 de bronze.

Para o chefe, o Pan vale também para os brasileiros observarem a forma como os mexicanos trabalham a organização de um evento esportivo internacional.

— O México tem experiência na realização de eventos e tudo tende a favorecer o desempenho do país. Seus atletas estarão competindo em casa. Isso é um estímulo. Certamente, eles esperam um resultado melhor em relação ao Rio — comenta, fazendo referência aos Jogos Pan-Americanos de 1955 e 1975, e às Copas do Mundo de 1970 e 1986, sediadas no país. No Pan do Rio, o México terminou na quinta colocação, com 73 medalhas, sendo 18 de ouro, 24 de prata e 31 de bronze.

Alguns atletas brasileiros já treinam em Guadalajara desde a primeira quinzena de setembro. Outra parcela viaja para o país até o dia 10 de outubro. E há competidores que chegam somente dias antes das competições devido à altitude de 1.500m que a cidade está acima do nível do mar.